A concentração de poder e de recursos gera um ciclo vicioso dentro do PT. A desigualdade de condições promove a perpetuação no poder. Este ciclo vicioso precisa ser rompido com democracia interna.
Esta inversão de valores ocorre em todo o sistema politico brasileiro. O PT tonou-se um partido importante porque nasceu em torno de uma profusão de idéias; onde o poder se estruturava em torno de teses e de projetos. Hoje o PT é um partido igual aos demais: os que tem mandato mandam no Partido e sufocam a base.
A nós, míseros militantes e simpatizantes, que não passamos de meros jogadores em um mundo que não para de mudar, só nos resta carregar o ônus de ser petista. Não existe democracia no PT, porque isso não interessa a muitos dos “donos” do partido.
A queda de braços do “nós contra eles” é uma árvore sem frutos; mas daí alguns dirão: “ainda não é hora de distensionar”; ou “quem pariu moisés (o golpe) que o embale”. Certo! Mas… enquanto isso? Cadê o nosso “mea culpa”? Qual é o nosso projeto de governo, para não cometermos os mesmo erros? Porque isso não avança?
Porque tem diversos “companheiros” atolados até o pescoço na lama da corrupção. A eles não interessa o debate e autocritica.
Afinal quanto canalha subiu até cargos públicos vistosos puxados por lideranças despreparadas e ingênuas. Ou por “falsos companheiros” que devem ser expulsos do partido. Mas eles têm poder e não querem renovação. Isso acaba represando a necessária renovação do partido.
As árvores do sub-bosque só crescem e se desenvolvem quando tem acesso à luz. Novas ideias de novas lideranças não irão surgir se o partido não fizer a autocritica, nem que para necessitemos derrubar algumas arvores.
As lideranças partidárias e politicas comprometidas com os ideais Petistas precisam ajudar a criar este ambiente. Pelo bem do PT , Pelo bem do Brasil! Este espaço criado pelo partido já é um começo. Parabéns aos idealizadores!
Por Ricardo Haas, engenheiro e empresário, para a Tribuna de Debates do PT.