O bando de corruptos que articulou, lastreados em R$ 15 bilhões de dinheiro público, a votação que salvou Temer da investigação e do afastamento temporário da Presidência esta semana, trama um novo golpe contra a democracia: a não realização das eleições de 2018!
Seja por meio do golpe do parlamentarismo, que seria aprovado por este mesmo Congresso convencível por 15 bilhões, seja por meio da pura e simples suspensão total das garantias constitucionais vigentes.
Parte do tucanato, José Serra à frente, já articula o parlamentarismo. E Temer já repercutiu a ‘ideia’ nessa semana em entrevista na mídia.
Apesar da disputa momentânea entre partes do golpismo, principalmente entre o grupo de Temer/Aécio e a Globo, todos eles têm um medo comum: Lula!
O principal parceiro da Globo, lá de Curitiba, trabalha diuturnamente para detonar a figura e a história do ex-presidente. Sempre aguardando o momento político certo para soltar mais uma ‘bomba’ contra Lula, quase sempre junto de uma ‘bomba’ contra Temer (mas deve ser coincidência…).
O caso é que não está adiantando. Pesquisa após pesquisa mostram Lula em crescimento, e as condenações sem provas surgem como perseguição contra o melhor presidente da história aos olhos do povo.
Lula vem aí (ou ele ou quem ele apoiar…), e pará-lo é um dos objetivos do golpismo unido.
Sem candidato capaz de concorrer com Lula (Dória é um blefe já reconhecido dentro do próprio PSDB; e os neurônios de Bolsonaro não seguram a peteca de uma campanha), o golpismo se mexe para melar 2018.
A maioria dos deputados que votaram com Temer nessa semana, principalmente a bancada BBB (boi, bíblia e bala), justificaram seus votos assim: ‘afastar Temer agora é colocar o PT de volta’.
Isso mostra qual será o discurso da turma do Temer não só para tentar o diálogo com parte da classe média reacionária, que saiu às ruas recentemente explorando o antipetismo, mas também para tentar retomar a aliança com a Globo em torno de um objetivo comum: parar Lula.
Ainda estamos no olho do furacão do golpe!
Nesse momento, é preciso dar todo o apoio a Lula e a seu objetivo de percorrer o país em diálogo com a população. É preciso construir uma ampla unidade em torno de Lula para defender a democracia, os direitos e a possibilidade de eleições em 2018.
E mais: construir em torno de Lula uma frente nacional que proponha um projeto de país desenvolvimentista e inclusivo, antineoliberal e diversificado, que toque o coração do povo e que aponte caminhos para virar esse jogo.
À luta!
Por Ricardo Jimenez, Vice-presidente do PT de Ribeirão Preto (SP), para a Tribuna de Debates do PT.
Contribua também com o debate escrevendo para nosso site. Saiba como.