O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza afirmou, nesta sexta-feira (15), em depoimento de delação premiada ao Ministério Público, que a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), recebeu R$ 2 milhões do esquema de propina arrecadada por auditores da Receita Estadual em Londrina, no caso de corrupção investigado pela Operação Publicano.
De acordo com o delator, o pedido da propina foi feito por Márcio de Albuquerque Lima, considerado o chefe da quadrilha na Receita. Lima teria entregue o dinheiro ao parente de Richa, o empresário Luiz Abi Autoun, acusado de chefiar uma quadrilha que fraudou uma licitação para conserto de carros oficiais do governo do Paraná. Souza e Marcio Albuquerque foram presos na Operação Publicano.
O Ministério Público (MP-PR) confirmou o teor da delação do auditor e afirmou que, agora, os promotores vão aprofundar as investigações com base no depoimento.
“Ele não cita textualmente o governador Beto Richa, até porque ele não teve contato, mas o pedido que veio do delegado (como o advogado se refere a Márcio de Albuquerque Lima) era para arrecadação para a campanha do governador Beto Richa”, disse o advogado de Luiz Antônio de Souza ao Portal “G1”.
Da Redação da Agência PT de Notícias