As mobilizações do #Dia13DiaDeLuta começaram na quinta-feira (12) no Rio Grande do Sul e em Rondônia. Com fortes críticas à manipulação da mídia na exploração da Operação Lava Jato e da organização dos setores conservadores da direita, as mobilizações aconteceram em Canoas e em Porto Velho.
Milhares de trabalhadores e militantes foram às ruas em defesa da democracia e direitos da Petrobras e da Reforma Política. Os atos no estado aconteceram ontem por conta das atividades dos camponeses que acampam em Porto Alegre desde terça (10).
O presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia, afirmou que os petroleiros defendem a Petrobras, pois sabem a importância da estatal para a sociedade e desenvolvimento do País.
“As pessoas que cometeram crimes, que sejam punidas. Não podem penalizar os 86 mil trabalhadores, enquanto uma meia dúzia fica nos gabinetes desviando dinheiro e sujando a imagem da empresa”.
O petroleiro lembrou o interesse que há por trás da intensa campanha midiática sobre a corrupção na empresa. “Não temos dúvida que há um interesse em privatizá-la. Que multinacional não gostaria de ter o lucro da Petrobrás?”, questionou Maia.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, as manifestações do dia 12 e 13 não foram convocadas em contraponto aos protestos do dia 15.
“Essa comparação é absurda. Somos os movimentos sociais, temos história, pauta e conhecem a nossa cara. Não nascemos nas redes sociais, não somos anônimos. Pelas falas dessa turma, parece que a corrupção no país iniciou em 2002. Mas se não havia corrupção antes, onde foi para o dinheiro das empresas que foram privatizadas nos anos 90?”, declarou o dirigente.
Nespolo também defendeu a necessidade de uma Reforma Política com o fim do financiamento das campanhas eleitorais pelas empresas como forma de enfrentar a corrupção.
“Vocês já viram empresários e patrões reclamando da corrupção? Eles só reclamam da carga tributária, porque eles financiam as campanhas dos políticos que eles querem eleger e depois cobram a conta”, afirmou o presidente da CUT no Rio Grande do Sul.
Rondônia – Segundo relato do presidente da CUT-RO, Itamar Ferreira, centenas de camponeses e trabalhadores marcharam pelas principais ruas de Porto Velho, dando o recado do povo para setores da sociedade que acham que poderão atropelar a democracia facilmente.
O ato articulou pautas locais como valorização da agricultura familiar e reivindicações das mulheres do campo com a pauta nacional.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da CUT