O governo completamente desastroso de Bolsonaro agora preocupa também os investidores financeiros. Os recentes episódios catastróficos protagonizados por Jair Bolsonaro, como a crise ambiental e o embate vergonhoso com o presidente da França Emmanuel Macron, assustam as instituições financeiras. O chamado “risco Bolsonaro” passa a ser levado em conta para aplicações de dinheiro no Brasil, segundo reportagem do Valor Econômico.
Os investidores temem o que eles chamam de retrocesso civilizatório, por conta das declarações absurdas de Jair. Depois de ofender a esposa de Macron com comentário misógino nas redes sociais, a popularidade de Bolsonaro caiu ainda mais. Os conselhos de grandes fundos de investimento acreditam que o governo não entende o que acontece no país e cria situações desnecessárias que demonstram total perda de controle.
A crise ambiental foi outro ponto que deixou o desgoverno abalado perante o cenário mundial. Diversas empresas de investimento financeiro que atuam em favor de boas práticas ambientais passaram a enxergar o Brasil com cautela, principalmente após incêndios na Amazônia e as posteriores declarações de Jair, como “o Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer”.
Com indícios de queda no investimento estrangeiro, o economista da Fundação Perseu Abramo Marcelo Manzano reforça que a agenda ultraliberal do governo Bolsonaro é um equívoco: “Ironicamente, o time do Paulo Guedes coloca todas as fichas no capital estrangeiro e acredita que implantando a agenda ultraliberal o país seria recompensado com fluxos positivos de investimentos estrangeiros. A economia real, contudo, não se move por ideologia e os próprios mercados vão demostrando a falta de confiança para investirem em um país cuja economia está aprisionada na armadilha da falta de demanda.”
O governo não entende o que acontece no país e cria situações desnecessárias que demonstram total perda de controle.
“Em suma, estamos presos a uma armadilha ideológica que demoniza o Estado, santifica o mercado e é incapaz de perceber a relevância do poder público em uma economia periférica como a brasileira”, concluiu Manzano.
Fora da lista
Recentemente, o Brasil ficou fora da lista dos 25 melhores países para investir. É a primeira vez que isso acontece em 21 anos. De acordo com a pesquisa da consultoria empresarial A.T. Kearney, o Brasil não faz parte dos países escolhidos por executivos das principais corporações do mundo para receber investimentos nos próximos anos. Já nos anos de 2010 e 2014 – anos de governo petista – o país ficou entre os cinco primeiros colocados da lista.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Valor Econômico e O Estado de S. Paulo