O filósofo Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na Unicamp, assinou manifesto em defesa da candidatura de Lula. O acadêmico declarou que “uma atitude drástica contra o (ex-)presidente pode eliminar atenuantes políticos e colchões sociais que contribuem para a preservação das instituições brasileiras e produzir uma explosão sem que você saiba quais são os riscos”.
Em entrevista a um site de notícias, o professor criticou também a Lava Jato. Segundo ele, a operação emprega “métodos de investigação conhecidíssimos no Brasil: os métodos autoritários”. Romano destaca ainda que, na condução dos processos contra Lula sob o martelo do juiz Sérgio Moro, se ignora a presunção da inocência dos acusados, transferindo para eles a “coleta de provas. Isso é próprio de regimes ditatoriais”. De fato, Sérgio Moro, em mais de uma oportunidade, inverteu o ônus da prova, querendo que Lula prove ser inocente, de não que o Ministério Público prove que ele é culpado.
Já quando se referiu a uma entrevista do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que antecipou uma visão contrária à presença de Lula na corrida eleitoral, Romano afirmou que “este senhor (Fux) deveria ter mais contenção. Na Constituição está claro que você não pode abolir o princípio de presunção da inocência.”
Da Redação da Agência PT de Notícias.