Esta quarta-feira, 10 de maio de 2017, ficará registrado na história do Brasil como outros registros que marcaram a história política e dos que tentaram consolidar a democracia e foram alvos de perseguições e injustiças, como: Luiz Carlos Prestes, João Goulart, Tiradentes, Leonel Brizola, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, entre tantos outros que marcaram épocas.
Todos que defenderam a bandeira do nacionalismo e da autonomia política do Brasil, o direito de preservar a suas riquezas naturais, de ser dono do seu próprio destino, de garantir aos brasileiros o usufruto do seu trabalho, tiveram que enfrentar a sanha dos antipatriotas comprometidos com o capital predador internacional e a fúria das elites nacionais, que só pensam no resultado do lucro pagando mão de obra barata e até escravagista.
Nos últimos 12 anos o Brasil teve um acúmulo de renda prioritariamente na base da pirâmide, valorização da mão de obra paga aos trabalhadores e avanços nos direitos sociais de gênero, todos reconhecidos por organismos internacionais. O Brasil na última década passou a ser visto pelo mundo como um país que avançava politicamente, economicamente, com democracia e respeito à suas etnias.
Hoje vivenciamos um claro retrocesso. As instituições viraram um mar de lama. A balança da justiça foi jogada no lixo. Vivemos num estado policial, os partidos políticos estão judicializados. Amplos setores da sociedade estão atônitos, estamos a um passo para um estado de exceção. Cabe a nós, democratas e nacionalistas, arregimentar forças para barrar o retrocesso que avança em todos os setores, destruindo todas as conquistas alcançadas e transformando o Brasil num país sem futuro.
Está nas nossas mãos fazer com que o Brasil retome seu projeto de desenvolvimento sustentável e popular, com a participação das massas e a distribuição de riquezas e bens. Temos que retomar a discussão sobre o controle do monopólio dos meios de comunicação e dos grandes oligopólios que não produzem riquezas e vivem exclusivamente da especulação financeira.
Na política temos que, imediatamente, levantar a bandeira de uma Assembleia Nacional Constituinte, livre, soberana e exclusiva. Garantir o direito de livres manifestações, o fortalecimento democrático dos partidos e das instituições e eleições livres, participativa e democrática para 2018.
Fazer uma campanha por uma profunda renovação na Câmara e no Senado elegendo trabalhadores, operários, mulheres, negros, indígenas, LGBT’s e de outros seguimentos que representem de fato a miscigenação e a cara do Brasil.
Por Francisco Rocha da Silva (Rochinha), para a Tribuna de Debates do 6º Congresso