A noite se aproximava das 23h30 desta terça-feira (9) no Allianz Parque, em São Paulo, onde 45 mil pessoas pagaram altas cifras para ver um dos maiores ícones do rock em atividade e talvez o mais militante dos direitos humanos do show business mundial: Roger Waters, ex-líder da banda britânica Pink Floyd.
Foi próximo deste horário que o grandioso telão da turnê do músico exibiu a mensagem #EleNão, campanha iniciada nas redes sociais por feministas brasileiras contra Jair Bolsonaro e que em poucos dias ganhou adesão do mundo todo. Além da mensagem, o espetáculo passou a exibir uma série de palavras de ordem contra o fascismo, representado no Brasil pelo candidato do PSL.
A reação inicial do público foi bastante favorável. Mas também ouve vaias, o que é bastante simbólico: a maior parte das reações contrárias saíram do camarote, mas mesmo é assim é estranho imaginar que aquele público que pagou altas cifras para estar ali não soubesse o mínimo da história do músico nas últimas três décadas. O mundo todo sabe das suas posições políticas humanitárias que em nada combinam com o discurso homofóbico, retrógrado, misógino e racista de Jair Bolsonaro.
“Eu sempre menciono os Direitos Humanos porque acredito neles. Vocês têm uma eleição importante em três semanas. Vão ter que decidir quem querem como próximo presidente. Sei que não é da minha conta, mas eu sou contra o ressurgimento do fascismo por todo o mundo. E como um defensor dos Direitos Humanos, isso inclui o direito de protestar pacificamente sob a lei. Eu preferiria não viver sob as regras de alguém que acredita que a ditadura militar é uma coisa boa. Eu lembro dos dias ruins na América do Sul, e das ditaduras, e foi feio”, disse Roger Waters.
Veja no vídeo:
Da Redação da Agência PT de Notícias