Em 2014 nosso principal desafio é reeleger Dilma Rousseff presidenta da República. Em 2010 todas nós comemoramos a eleição de Dilma. Pela primeira vez nosso país teve uma mulher como Presidenta da República. Mas o que nos motivou a trabalhar pela eleição da Dilma e a comemorar sua vitória não foi somente o fato de ela ser mulher. Queremos mais mulheres nos espaços de poder, mas para nós não basta ser mulher.
Queremos mulheres como Dilma, comprometidas com as lutas e a pauta das mulheres, uma mulher comprometida com o projeto anti machista, anti patriarcal; mulher essa que militou e lutou firmemente contra a ditadura militar pois sabia desde jovem que o lugar da mulher é na luta política por uma sociedade socialista onde não teremos explorados e nem exploradores.
Para nós, a candidatura Dilma faz parte deste projeto que viemos construindo desde o início dos anos 80 com o fim da ditadura militar e a com redemocratização do Brasil, por isso somos todas Dilma!
Sabemos que nesses 12 anos de governo LULA-DILMA tivemos inúmeros avanços e conquistas para a classe trabalhadora e que devemos colocar nossas energias nessa reta final para preservá-las e ampliá-las para impedir que haja retrocessos.
Não podemos em hipótese alguma colocar em risco a política de valorização do salário mínimo. Desde que ficou acordada uma Política de Valorização do Salário mínimo, em 2007, o rendimento básico de inúmeras categorias entre elas as trabalhadoras domésticas, teve 70% de aumento real, melhorando nosso poder de compra e qualidade de vida. Além disso, cresceu o número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada, o que aumenta nosso acesso à previdência e a seguridade social.
Com apoio do governo Dilma, o Congresso Nacional promulgou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a expropriação de terras de quem utiliza da mão de obra de trabalhadores em condições análogas à escravidão e também a “PEC das domésticas” que garante às trabalhadoras domésticas os mesmos direitos dos demais trabalhadores.
Mas não foram somente as políticas relacionadas a mercado de trabalho que beneficiaram a classe trabalhadora. Ao colocar em prática políticas de distribuição de renda e de apoio às pessoas que tiraram 36 milhões de brasileiros e especialmente brasileiras da extrema pobreza e colocar em prática o Programa Minha Casa, Minha Vida entregou quase um milhão de casas populares os maiores beneficiários foram trabalhadores e trabalhadoras. Para as mulheres esses programas mesmo não sendo voltados para nós tiveram impactos enormes, pois cerca de 90% das beneficiárias do bolsa família são mulheres e a titularidade das casas é em nome das mulheres.
O Governo Dilma combateu a violência contra as mulheres. Criou a Casa da Mulher Brasileira e fortaleceu a Lei Maria da Penha, e o serviço de denúncia #Ligue180.
Em outubro vamos votar por mais desenvolvimento, mais inclusão e mais democracia. Vamos votar em uma candidatura comprometida com as reformas estruturais tão necessárias e urgentes para mudar o estado Brasileiro entre elas a Reforma Política.
Na história de luta pela redemocratização do país as mulheres deixaram suas marcas e compromisso com as bandeiras da esquerda. Agora é hora de reafirmar nosso compromisso com a consolidação e ampliação da democracia e levar para todos os lugares, nossas propostas, nosso ânimo e nosso engajamento.
Assim como fizemos no dia 06 de setembro de 2014, as mulheres sindicalistas, de partidos políticos e dos movimentos sociais deram uma demonstração de força e organização ao lotar a quadra dos bancários em um histórico encontro de mulheres com Dilma.
As mulheres querem o aprofundamento da democracia, redistribuição da riqueza, a igualdade entre mulheres e homens. Por isso as mulheres estão organizadas e mobilizadas para eleger Dilma, pois fazemos parte de um mesmo sonho e do mesmo ideal. Queremos construir uma sociedade sem machismo, sem homofobia, sem racismo. Queremos construir uma sociedade libertária.
Somos todas Dilma Rousseff!
Mais mudanças. Mais futuro para as mulheres!
Rosane Silva é secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT