O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, comentou, neste sábado, em entrevista à TV Globo, sobre as manifestações mobilizadas pela oposição previstas para acontecer no domingo. Ele repudiou com veemência o pedido de impeachment e disse ter absoluta certeza que grande parte dos brasileiros vai rejeitar e derrotar essa visão autoritária da oposição, mais uma vez, como já fizera nas urnas.
“Quero crer que a força dos protestos será canalizada para que, ainda este ano, possamos iniciar uma reforma política e não permitir mais o financiamento empresarial, que é o principal instrumento corruptor e estimulador da corrupção na estrutura política do Brasil”, afirmou.
O ministro explicou que o governo trata com naturalidade as conquistas democráticas e que os protestos fazem parte da democracia. Mas disse que eles devem ser feitos de maneira pacífica, buscando sempre o diálogo.
“Contrárias ou favoráveis ao governo, as manifestações são legítimas. Porém, o golpismo não. O impeachment, não”, afirmou.
“Nós temos que rejeitar toda e qualquer manifestação do setor autoritário e reacionário que não consegue conviver em um ambiente democrático”, completou.
Para Rossetto, os protestos de sexta, convocados pelas centrais sindicais e movimentos sociais, foram muito importantes para o governo. “Não foi registrado nenhum incidente violento e foram priorizadas pautas que favorecem o diálogo, além da confiança depositada no governo”.
Os militantes e simpatizantes protestaram em defesa da Petrobras, em favor da presidenta Dilma e pediram pela reforma política.
Reforma – De acordo com o ministro, a maior correção que pode ser feita para impedir a corrupção virá por meio da reforma política. “Ela vai proibir o financiamento de empresas privadas para os partidos nas campanhas eleitorais”, disse.
Os ajustes fiscais feitos pelo governo no início deste ano também foram tema da entrevista com Rossetto. Segundo ele, há uma expectativa muito grande para recuperar o crescimento econômico e continuar gerando emprego e renda ainda no segundo semestre deste ano.
# da Agência PT de Notícias