A torcida do contra foi grande, mas não adiantou. Bem que ela foi engrossada pela mídia monopolizada, que transformou a recente reunião do Diretório Nacional do PT, nos dias 10 e 11 da semana passada, numa espécie de Armagedon do partido. Previu uma grande cisão, seguida de uma debandada maior ainda, anunciando que o bate-boca entre as tendências acarretaria um esfacelamento após o que o PT viraria um espectro político, um quase moribundo na política nacional.
Como se dizia antigamente, deram com os burros n’água. Isto porque, embora os debates fossem calorosos – o que, felizmente, é sinal de vitalidade –, saímos da reunião mais unidos do que entramos.
O Congresso, afinal, foi convocado oficialmente para os dias 8, 9, e 10 de abril vindouros, com escolha de delegados pela base, apesar de divergências sobre a forma do Congresso/PED municipal.
Instrumento de reorganização, renovação, revitalização e retificação de nossas práticas internas, mas também de nossas relações com a sociedade, o 6o. Congresso será aberto à participação de movimentos, estudantes, intelectuais, jovens, militantes de esquerda, simpatizantes, democratas.
O lançamento público está marcado para dia 8 de dezembro, mas os debates estão abertos, a Comissão de Teses já está trabalhando e a pauta é ampla, para atualizar nosso programa, nossa estratégia e tática, nossas formas de organização e um balanço da trajetória do PT e dos nossos governos.
Rui Falcão é presidente nacional do PT