O presidente nacional do PT, Rui Falcão, denunciou, nesta segunda-feira (25), para uma plateia de políticos progressistas de todo o mundo, o golpe em curso no Brasil. Ele participa, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, do seminário “Democracia e Justiça Social” da Aliança Progressista, uma rede de partidos e organizações de todo o mundo.
Rui pediu apoio aos colegas internacionais e afirmou que não haverá trégua e nem respeito a um governo usurpador, caso o golpe avance no Senado. Para ele, o chamado impeachment é gestado em uma aliança do grande capital, da direita e da grande mídia para chegar ao poder depois de serem derrotados por quatro eleições consecutivas.
“Esses mesmos grupos antes recorriam aos quartéis”, afirmou ele. “Estão gestando um Estado de exceção no interior do Estado Democrático de Direito”. Rui lembrou que Temer traiu a presidenta Dilma Rousseff e que quem conduziu o processo até agora, Eduardo Cunha, é réu no STF.
Rui reforçou que a oposição acusa o PT de causar dano à imagem do país no exterior mas, segundo ele, o que causa dano é o “circo de horrores” protagonizado no dia 17 por aqueles que defendem o impeachment na Câmara.
“O PT jogará todas as suas energias para deter a aventura golpista”, disse.
Rui também reforçou o caráter conservador do governo golpista articulado por Michel Temer, com a mudança de regras de concessão do petróleo para favorecer as petroleiras estrangeiras, além de promover cortes em gastos sociais. O programa de Temer, chamado de “Uma Ponte para o Futuro”, é, na verdade, um “túnel para o passado”.
Para Rui, a direita nunca aceitou a revolução social promovida pelo PT desde 2003, com a ascenção social de 40 milhões de brasileiros, as cotas nas universidades entre muitos outros avanços promovidos pelo governo.
Por Clara Roman, da Agência PT de Notícias