Desde agravada a crise hídrica em São Paulo, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) instituiu um sistema de racionamento por vezes representado em forma de “bônus” aos consumidores que restringissem o consumo de água por conta própria. Ocorre que a economia imposta aos cidadãos não é compensada pela administração local.
Enquanto a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) contabilizou uma perda de 550,2 bilhões de litros de água decorrente dos vazamentos existentes em sua rede de distribuição, entre março de 2014, início da crise hídrica, e julho deste ano, na Grande São Paulo.
Esse volume representa quase o triplo, ou 194% a mais, dos 193,1 bilhões de litros de água poupados, no mesmo período, em virtude da adesão dos consumidores ao bônus dado pela estatal. Em outubro, 67% dos clientes da região metropolitana de São Paulo obtiveram o desconto.
É o que aponta levantamento inédito feito pelo portal “Fiquem Sabendo” com base em dados da Sabesp obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
De acordo as informações disponibilizadas, o volume mensal de água economizado pela população vem crescendo consideravelmente. Em março de 2014, foram economizados 2,8 bilhões de água. Três meses depois esse volume passou dos 10 bilhões de litros poupados.
No entanto, desde abril deste ano, quando a quantidade de água economizada atingiu pela primeira vez a marca de 16 bilhões de litros, esse índice praticamente não tem se alterado.
Desperdício – A água desperdiçada pela Sabesp entre janeiro e julho deste ano decorrente dos vazamentos em sua rede de distribuição daria para abastecer cerca de 6,3 milhões de pessoas durante esse período. Esse contingente supera a quantidade de clientes atualmente abastecida pelo sistema Cantareira, que é de aproximadamente 5 milhões.
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Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal “Fiquem Sabendo”