A presidenta Dilma Rousseff comentou nesta quarta-feira (12), em Doha, no Catar, a carta de demissão enviada pela ministra da Cultura, Marta Suplicy. Dilma esclareceu que já havia conversado sobre a saída da senadora há mais de um mês. A reforma ministerial, segundo a presidenta, não será feita imediatamente, mas por partes.
“Eu conversei com a ministra e nós acertamos a saída. Ela falou para mim, tem mais de um mês que isso está acertado”, disse.
Segundo Dilma, a entrega da carta ocorreu na prática de fim de mandato, quando os ministros colocam os cargos à disposição. “Ela não fez nada de errado nesse aspecto”.
Visita oficial – Dilma revelou que o Brasil e o Catar criarão um grupo estratégico de trabalho de alto nível para atuação em pontos de interesse comum entre os dois países. O objetivo é ampliar a cooperação e estabelecer melhor intercâmbio em áreas estratégicas, como gás natural, defesa, educação e infraestrutura.
“É um país com o qual o Brasil tem uma ponte muito grande. É uma ótima relação para nós, estabelecida há 40 anos, e que podemos intensificar”, disse Dilma a jornalistas.
Na educação, Dilma afirmou que as nações pretendem estudar uma cooperação que envolva a divulgação de melhores práticas para a universalização do ensino e destacou o papel da xeica do Catar Mozah bint Nasser, embaixadora da ONU para o tema e ativista da educação em fóruns internacionais e debates entre países.
“Ela diz que a educação é uma agenda ‘inacabada’, em construção permanente, e concordo inteiramente com isso porque, no Brasil, nós damos prioridade absoluta à educação como o caminho, de fato, do desenvolvimento do país, do desenvolvimento sustentável do país. Da creche à pós-graduação”, declarou.
O programa Ciência sem Fronteiras, ressaltou a presidenta, poderá ser beneficiado por intercâmbios na graduação e também há possibilidade de pesquisadores pós-graduandos passarem a exercer atividade no sistema de ensino superior do Catar.
Sobre a participação no G20, no próximo fim de semana, em Brisbaine (Austrália), Dilma afirmou que a manutenção do emprego deve ser um dos principais assuntos. “Acredito que é um desejo dos países do G20 um desenvolvimento sustentável e equânime”, disse. Destacou ainda a relação dívida/PIB do Brasil, de 35%, ante uma média de 60% entre os países do G20.
Dilma viaja nesta quarta-feira para Cingapura, etapa anterior ao encontro do G-20 em Brisbane (Austrália).
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto