As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) passarão a contar com medicamentos trombolíticos, que podem diminuir em até 17% o número de mortes por infarto agudo do miocárdio. O investimento no remédio tenecteplase está estimado em R$ 8,5 milhões anuais.
“A partir do momento em que a artéria entope, o músculo do coração para de funcionar. Com esse medicamento, o trombo (entupimento) se dissolve na hora, e o coração volta a ter circulação e não há parada cardíaca”, explicou o coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin Passos.
Segundo Fogolin coordenador, se o sistema de atendimento levar menos de uma hora para desobstruir a artéria do paciente, há 15% de risco de morte.
Quando o paciente escapa da morte depois de um infarto, ele ainda pode ficar com sequelas, como insuficiência cardíaca, devido à perda de um músculo cardíaco, situação que o trombolítico também pode evitar. “Ter esse medicamento faz a diferença entre a vida e a morte e o prognóstico do paciente que tem o infarto fica com menos sequelas, menos complicações”, diz Fogolin.
As doenças do sistema circulatório são as que mais matam no Brasil. Em 2012, foram registradas 84.157 mortes por infarto agudo do miocárdio. O Ministério da Saúde espera que, com o medicamento, o Samu possa salvar até 8.368 pessoas por ano.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil