A Cidade de São Paulo apresentou queda de 20,3% nas mortes no trânsito no período entre janeiro a agosto de 2015, na comparação ao mesmo período de 2014.
Os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) foram apresentados nesta quarta-feira (4) pelo prefeito Fernando Haddad (PT-SP) e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
“As pessoas precisam aprender que estamos acabando com a indústria da morte e esse é objetivo”, disse o prefeito.
Foram registrados 686 óbitos, ante 861 nos primeiros oito meses do ano passado. Uma diferença de 175 vidas salvas. A redução das mortes no trânsito acontece simultaneamente a ampliação e intensificação das medidas contidas no Programa de Proteção à Vida (PPV).
“Nossas projeções dão conta que, se for mantida essa tendência para toda a cidade, vamos economizar 60 leitos hospitalares, ou seja, serão liberados para a população, enquanto antes estavam sendo ocupados por acidentados no trânsito. Esse é um dado muito significativo para a saúde pública da cidade, que precisa de leitos”, afirmou Haddad.
Na comparação entre as ocorrências apenas do mês de agosto, a redução do número de mortes foi de 28,6%, passando de 112 óbitos registrados em 2014 para 80 em 2015.
Para o secretário municipal de Transportes, o mês de agosto é significativo, pois a redução da velocidade máxima em grandes vias como as Marginais começou em 20 de julho.
“Com isso, para efeito de comparação, havia um período de férias e só dez dias do mês, mas já havia uma redução significativa. Agora, em agosto, evidentemente que com outras vias importantes, mas um mês cheio e em volume que a cidade está acostumada, os resultados foram positivos”, disse Tatto.
Os acidentes fatais envolvendo ciclistas caíram 52,7%, de 36 casos nos oito primeiros meses de 2014 para 19 no mesmo período de 2015. Houve uma queda de 24,7% no número de motoristas e passageiros mortos, de 18,5% no total de pedestres e de 17,2% dos motociclistas.
No último balanço, divulgado em setembro deste ano, a redução total do número de mortes registradas no primeiro semestre (janeiro a junho) foi de 18,5%.
Os dados apontam que o índice anual de mortes por 100 mil habitantes chegou a 9,0 em agosto de 2015. No mesmo mês de 2014, esse índice era de 10,43, uma queda de 13,7%. A meta da capital paulista para a Década de Segurança Viária da ONU é reduzir para 6 mortes a 100 mil habitantes até 2020.
“A projeção do ano é ainda melhor. Estamos com nove mortes por 100 mil habitantes e a meta estabelecida pela ONU é de 6 até 2021. Entendemos que iremos conseguir essa meta antes do prazo pactuado, em virtude das medidas que estão sendo tomadas. Nosso trânsito ainda é muito violento, mas estamos conseguindo resultados muito significativos. O número de 32 vidas salvas em um mês é mais de uma vida por dia em função de uma maior tranquilidade no trânsito”, afirmou Haddad.
O Programa de Proteção à Vida foi iniciado em 2013, no começo da gestão petista, e busca a redução de acidentes e atropelamentos na cidade ampliando uma série de ações para segurança de todos os agentes do trânsito, especialmente os pedestres.
A iniciativa inclui várias frentes como o CET no Seu Bairro, a implantação de Áreas 40, da Frente Segura (bolsões de parada junto aos semáforos para motociclistas e bicicletas), das faixas de pedestres diagonais em cruzamentos de grande movimento e da redução de velocidade máxima para o padrão de 50 km/h nas vias arteriais.
Também foram revitalizados os semáforos de 4.537 cruzamentos na cidade. Com isso, pretende-se melhorar a segurança dos usuários do sistema viário, buscando a convivência pacífica entre todos.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Prefeitura de São Paulo