Apesar da torcida contra ciclovias e corredores de ônibus, São Paulo se tornou protagonista de uma transformação no deslocamento urbano. É o que indica o ranking da consultoria Urban Systems, feito em parceria com a empresa Sator: a capital paulista é considerada a que possui melhor mobilidade em todo país.
Este é um estudo para medir as cidades inteligentes, isto é, aquelas que são conectadas, sustentáveis, criativas e participativas. Para este conceito, mobilidade urbana é um dos aspectos fundamentais. Com 73 indicadores, o ranking leva em consideração também mais dez áreas: urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, economia e governança. O resultado da pesquisa será divulgado nos dias 8 e 9 de junho, mas foi adiantado pela revista “Exame”.
Entre as 50 cidades mais inteligentes do Brasil, São Paulo é líder no quesito mobilidade. Isto porque a administração do prefeito Fernando Haddad (PT-SP) construiu corredores exclusivos para transporte coletivo e implantou ciclovias e ciclofaixas.
Em quatro anos, foram 500 quilômetros de faixas para ônibus – havia 90 quilômetros quando Haddad iniciou seu governo. Para bicicletas, até o fim de 2016, serão 400 quilômetros de faixa exclusiva.
O ranking mundial de congestionamentos elaborado pela TomTom (fabricante holandesa de sistemas de navegação de carros) revela que São Paulo passou da 7 para a 58 posição. Este é um dos estudos mais relevantes sobre o assunto e considera 300 cidades de 38 países.
Quando Haddad começou a construir ciclovias e corredores de ônibus, foram muitas as críticas da oposição. Agora, que uma referência internacional indica que São Paulo está no rumo certo, o que diria o senador golpista Aloysio Nunes (PSDB-SP)? Na época, ele afirmou era um “delírio autoritário” por “esparramar ciclofaixas a torto e a direito”.
Plano Diretor e Lei de Zoneamento –
Sancionado por Haddad em agosto de 2014, o novo Plano Diretor Estratégico (PDE), estimula o crescimento de São Paulo em torno dos eixos de mobilidade, como corredores de ônibus e estações do metrô ou trem. Na prática , significa que grandes empreendimentos serão construídos somente em áreas servidas por corredores de transporte público.
Da Redação da Agência PT de Notícias