Partido dos Trabalhadores

Prefeita cobra ‘ética’ e mandato de vereador que deixa o PT

Vereador Wagner Moura anunciou, na quarta-feira (29), que sairia da legenda. Para Márcia Rosa, ele deve abrir mão do mandato que pertence ao PT

A prefeita de Cubatão, Márcia Rosa (PT), cobrou, em publicação no Facebook nesta quinta-feira (1º), que o vereador Wagner Moura deixe o mandato ao se desfiliar do Partido dos Trabalhadores. Ele anunciou, na quarta-feira (29), em discurso no plenário da Câmara Municipal, que sairia da legenda.

“Se quer mesmo fazer da ética seu argumento oficial para deixar o PT, o vereador Wagner tem o dever de, também, abrir mão de seu mandato na Câmara, que não pertence a ele, mas ao Partido dos Trabalhadores”.

Márcia relembra que Wagner ingressou no PT há sete anos, após ter deixado o PSB.

“Durante esse período, ele foi um aliado leal, tanto que o nomeei secretário de Habitação e Obras e, mais tarde, emprestei meu apoio e confiança para que ele se tornasse presidente da Câmara de Vereadores de ‪Cubatão‬”, disse.

Leia a publicação de Márcia Rosa, na íntegra:
“QUERID@S CUBATENSES

Fui surpreendida, como prefeita, mas, principalmente, como amiga e correligionária, com o pedido de desfiliação do Partido dos Trabalhadores anunciado pelo vereador Wagner Moura, no plenário da Câmara Municipal.

Wagner entrou para o ‪#‎PT‬ por minhas mãos, há sete anos, quando não mais encontrou abrigo no partido ao qual pertencia, o PSB.

Durante esse período, ele foi um aliado leal, tanto que o nomeei secretário de Habitação e Obras e, mais tarde, emprestei meu apoio e confiança para que ele se tornasse presidente da Câmara de Vereadores de ‪#‎Cubatão‬.

Agora, sob alegada justificativa ética, Wagner Moura deixa o PT para ingressar no PMDB, como se não soubesse que não são as siglas, mas as pessoas, as verdadeiras detentoras de preceitos morais e éticos.

Mas, se quer mesmo fazer da ética seu argumento oficial para deixar o PT, o vereador Wagner tem o dever de, também, abrir mão de seu mandato na Câmara, que não pertence a ele, mas ao Partido dos Trabalhadores.

Aí sim, todos nós, políticos e eleitores, poderemos acreditar, de fato, nas intenções éticas dessa surpreendente decisão de Wagner Moura de abandonar um partido que lhe deu tudo o que tem.

Partido com o qual votou abertamente, por sete anos, sem que nenhum problema aparente de consciência lhe atormentasse a alma e o mandato.

De minha parte, desejo apenas que ele siga em frente e seja feliz, mas que não caia na armadilha tão comum aos fracos de caráter de, uma vez abandonado o barco, ficar maldizendo aqueles que continuam na luta.

Márcia Rosa, prefeita de Cubatão pelo PT”

Da Redação da Agência PT de Notícias