Atos e manifestações, promovidas por entidades como a CUT, movimentos sociais e organizações políticas em diversas capitais e cidades do país, marcaram a segunda-feira (8) para lembrar o primeiro ano da tentativa de golpe promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Há um ano, os bolsonaristas invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em cenas de violência e ódio que chocaram todo o país.
Nos atos, os participantes pediram a responsabilização e condenação dos envolvidos na articulação que culminou com os ataques ao Palácio do Planalto e às sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, as investigações e julgamentos já levaram a condenações que chegam a 17 anos de prisão de alguns dos terroristas bolsonaristas que participaram diretamente do quebra-quebra, mas durante os atos foram feitas cobranças em relação aos financiadores e fiadores da tentativa de golpe de estado.
Em São Paulo, o ato foi realizado na Avenida Paulista, ponto tradicional de manifestações democráticas, organizado pela Frente Povo Sem Medo, e contou com a participação de representantes de movimentos populares, entidades sindicais, partidos políticos e outras organizações.
Durante o evento na capital paulista, a militância destacou a necessidade de que não haja anistia para quem participou da tentativa de golpe contra a democracia, sejam empresários e militares que financiaram ou participaram ativamente nas articulações do movimento golpista. “Sem Anistia!” foi o mote principal em São Paulo e em todas as atividades realizadas Brasil afora nesta segunda-feira.
LEIA MAIS: Lula: “Brasileiros e brasileiras disseram um eloquente não ao fascismo”
Em Brasília, as primeiras manifestações ocorreram já no domingo (7), com a participação de partidos de esquerda e organizações sociais, como a Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal. Os organizadores aproveitaram o fechamento aos domingos do trânsito de veículos da rodovia DF-002 (Eixão) quando é liberada para pedestres e ciclistas, para promover o chamado Ato em Defesa da Democracia.
Na Bahia, em Salvador, o Ato em Defesa da Democracia foi realizado na Assembléia Legislativa do estado, e contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT), e do vice-governador, Geraldo Júnior.
Em Recife, os pernambucanos escolheram o Monumento Tortura Nunca Mais, localizado no bairro da Boa Vista, na capital, como epicentro das atividades do que chamaram de Ato Simbólico em Defesa da Democracia.
Em Goiás, a CUT estadual promoveu uma manifestação que percorreu parte do Centro da capital Goiânia no fim da manhã desta segunda-feira.
Na capital sergipana, Aracaju,também foi realizado ato em defesa da democracia no fim da manhã, assim como em João Pessoa, na Paraíba, com a participação ativa da CUT.
E no centro de Maceió, em Alagoas, também foi realizada um reunião da militância para celebrar a resistência contra a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023.
Da Redação, com CUT e Brasil de Fato