Estudo que integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta (23), revela que o salário do trabalhador informal, sem carteira assinada, chega a ser 44% inferior que o do trabalhador formal – e esta diferença vem aumentando.
Há 1 ano, esta diferença era menor, de 40,5%. Segundo o levantamento do Pnad, no 4º trimestre de 2017, o rendimento médio do trabalhador com carteira foi de R$ 2.090, enquanto que do informal foi de R$ 1.179. Ou seja, uma diferença de R$ 911 (no mesmo trimestre do ano anterior foi de R$ 818).
Segundo os números do IBGE, em 1 ano, o número de empregados sem carteira cresceu 5,7% e os por conta própria aumentou 4,8%, ao passo que o de trabalhadores formais caiu 2%. Já o de empregadores subiu 6,4%.
A pesquisa mostrou que o trabalhador por conta própria teve rendimento médio de R$ 1.567 – um pouco superior ao dos empregados sem carteira assinada, mas ainda assim 25% menor que o dos trabalhadores formais.
No topo do ranking dos menores salários do ano passado estão os empregados e empregadas domésticas: com ganhos de R$ 852, inferior ao salário mínimo do período, de R$ 937.
O maior rendimento médio mensal foi dos empregadores: R$ 5.555. Os servidores públicos, considerados como os trabalhadores com maior estabilidade no mercado de trabalho brasileiro, tiveram rendimento médio de R$ 3.335.