O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, não vê motivos para constrangimento em relação ao seu envolvimento no polêmico caso do aeroporto de Claudio (MG). Indagado sobre o fato durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta segunda-feira (11), o tucano defendeu a obra e disse que sua família não ganhou nada com a sua construção. “Essa cidade precisava desse aeroporto. Se teve um prejudicado, foi o meu tio-avô”, esquivou-se.
Apesar da evasiva, Aécio confessou novamente ter usado a pista, mesmo sem a homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Eu usei praticamente todos os aeroportos do estado”, justificou.
O tucano atacou o PT e afirmou ser favorável à justiça. No entanto, ficou visivelmente constrangido ao ser questionado sobre a presença do ex-deputado Eduardo Azeredo, réu no processo que investiga desvios de recursos de estatais mineiras para campanhas do PSDB, ao seu lado na corrida pelo Planalto.
Surpreso, Aécio procurou desassociar sua imagem da do ex-deputado. “Ele está me apoiando. Não é o inverso”, desconversou.
Sobre a política econômica e fiscal, o candidato voltou a defender “medidas impopulares” e não descartou a possibilidade de reajustar impostos sobre tarifas de luz e combustível.
“É óbvio que vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços”, afirmou.
“Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário, as medidas necessárias”, enfatizou.
Aécio foi o primeiro candidato a participar de uma série de entrevistas com os principais presidenciáveis no jornal. A presidenta Dilma Rousseff é a convidada da quarta-feira (13).
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias