No decorrer da última semana, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) liderou e promoveu uma grande movimentação para reunir todas as frentes e movimentos sociais numa grande mobilização, marcada para a próxima quarta-feira (16), contra um processo de impeachment.
Os defensores do impedimento pretendem retirar da presidenta Dilma Rousseff o mandato para a qual foi eleita democraticamente em 2014, ao vencer a chapa tucana liderada pelo então candidato da oposição senador Aécio Neves (PSDB-MG), tendo como vice seu correligionário e também senador, Aloísio Nunes (PSDB-SP).
“Vamos para as ruas impedir o retrocesso. O Brasil precisa de um ambiente político e econômico de tranquilidade para a economia crescer e gerar empregos”, declarou em nota à Agência PT de Notícias, o presidente da CUT, Vagner Freitas.
“O Brasil está paralisado pela intolerância daqueles que não aceitam o resultado das urnas”, protestou o líder da central.
O pedido de abertura do processo foi aceito pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na noite do último dia 2.
Mas, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o processo, que tramita no Congresso Nacional, está paralisado até que o plenário da corte decida sobre a padronização do rito de procedimentos legislativos relativos ao seu andamento.
Desde então, a realização de mobilizações populares para conter a sanha da oposição tucano-democrata, tem sido a principal preocupação da CUT e seu presidente, Vagner Freitas.
A primeira mobilização foi realizada na noite de quarta-feira (9), atraiu milhares de manifestantes e parou o trânsito no centro do Rio de Janeiro.
Uma agenda de mobilizações, a ser definida no decorrer do andamento do processo, será o principal instrumento da resistência contra a proposta golpista, a favor do estado de direito e da maior instituição democrática do País: o voto.
“Não há provas que fundamentem a abertura do processo contra a presidenta”, tem reiterado o presidente Vagner Freitas, que considera Cunha um “chantagista” e “apologista do autoritarismo”.
“O que não precisamos é de chantagens, de atitudes antidemocráticas, de quem ousa tentar tirar o mandato da presidenta Dilma, eleita pelo povo de forma absolutamente democrática. Eduardo Cunha não tem autoridade moral nem política para pedir o impeachment da Dilma”, reagiu Freitas.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias