A Bancada de Vereadores do PT e o Diretório Municipal do PT São Paulo realizaram na última segunda-feira (15) o “Seminário Modo tucano de governar: Um governo para os ricos” para avaliar um ano da gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) na capital paulista.
De acordo com o líder da Bancada de vereadores do PT, Alfredinho, a ideia do seminário é municiar a militância para dialogar com a população sobre as perdas que representa o governo Bruno Covas, continuidade da gestão Doria.
A falta de investimento na cidade foi um dos destaques nas falas dos participantes, de acordo com o vereador Alessandro Guedes “dinheiro a prefeitura tem, pois a arrecadação aumentou e é quase três vezes maior do que na gestão Haddad, mas o que a gente vê é uma queda vertiginosa nos investimentos”, afirma ele.
Segundo Roberto Garibe, secretário de Obras da gestão Haddad, ao não investir, a gestão Dória/ Bruno Covas atenta contra o estado, pois na visão dos tucanos o estado é um estorvo para os colegas deles do setor privado. “Eles não acreditam em políticas públicas para diminuir a desigualdade, quem acredita nisso somos nós, PT. Ter dinheiro ou não, pra eles, é insignificante, eles não querem investir”, aponta Garibe.
Sobre a Habitação, a vereadora Juliana Cardoso ressalta que a gestão Dória / Bruno Covas torna o orçamento cada vez mais curto e a criminalização dos movimentos agora de fato tem ficado mais difícil, pois a questão da militarização tem ficado mais forte. “Colocaram um secretário (de Habitação) que muitas vezes é marionete da especulação imobiliária, marionete para colocar o PPP (Parceria, Público, Privada) só para iniciativa privada, achando que o movimento de moradia não vai se movimentar, e se movimenta desde o orçamento…”, afirma a vereadora. Na área de políticas públicas para mulheres Juliana destacou a ausência total de orçamento e ações da gestão Doria/Bruno Covas.
Já o vereador Antonio Donato falou sobre os congelamentos na saúde, assistência social e no setor de serviços (coleta de lixo e limpeza pública). Segundo Donato, o projeto da prefeitura fica cada vez mais claro. “Vão tentar dar um banho de loja na cidade. Estão enchendo o caixa da prefeitura, que tem um recorde de arrecadação para na reta final retornar a série de obras paradas”, ressalta o vereador.
Contraste com a gestão Haddad
Na área de mobilidade, o vice-presidente do diretório estadual e ex-secretário de Transporte da gestão Haddad, Jilmar Tatto, destaca que a gestão Haddad fez todo esforço para que em cada região da cidade a população pudesse morar, trabalhar e estudar perto de casa. Tanto que incluiu esse conceito no Plano Diretor Estratégico da cidade, válido pelos próximos 15 anos.
De acordo com Jilmar Tatto, a visão da gestão era de quem está dentro do transporte individual pode estar no transporte público, mas quem está no transporte público nem sempre pode estar no individual. “Há uma parte da população que quer utilizar o que é público de forma privada. E nos enfrentamos isso. Um conceito de cidade feita para pessoas, não para ferros (em referência aos carros). É por isso que fizemos os parklets, o Carnaval de Rua, as Ciclovias…”, afirma Tatto.
Para Marilandia Frazão muito diferente da gestão atual que acabou com as secretárias de Mulheres, Combate ao racismo, a gestão Haddad executou com sucesso as metas em relação ás políticas afirmativas de inclusão social. “Na área da educação, por exemplo, nos quatro anos de governos tivemos formação para temas que não eram visíveis. Lendo literatura negra, indígena e imigrante”, afirma. Frazão também destaca a necessidade de se preparar para as eleições em 2020, que segundo ela, é a antessala para a disputa política eleitoral de 2022.
Assista a transmissão do seminário
Por Diane Costa da Comunicação do PT São Paulo