O relançamento do programa Mais Médicos traz como principal novidade os incentivos para que os profissionais permaneçam nos municípios. A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (20), durante cerimônia no Palácio do Planalto. Para os senadores do PT, o programa é mais uma confirmação do compromisso do governo Lula com a população.
“Hoje, o presidente Lula e a ministra Nísia Trindade lançam o novo Mais Médicos. O programa vai ampliar o acesso ao atendimento médico no país, principalmente nas regiões onde há uma maior lacuna. Aos poucos, estamos reconstruindo o Brasil”, destacou o ex-ministro da Saúde e senador Humberto Costa (PT-PA).
Agora, os médicos selecionados poderão fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Além disso, também receberão benefícios – proporcional ao valor mensal da bolsa – para atuar nas periferias e regiões mais remotas. O mesmo recurso também será oferecido aos formados com recursos do Fies (Financiamento ao Estudante do Ensino Superior)
As profissionais mulheres também receberão incentivos. Elas terão direito a manter o valor integral da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade. Já para os integrantes que se tornarem pais, a licença remunerada será garantida por 20 dias.
Relator na Câmara dos Deputados do que se tornou a lei de criação do programa, o médico e senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou que a iniciativa é um grande projeto de inclusão. À época da aprovação da proposta, há dez anos, ele já antecipava os benefícios que viriam futuramente.
“Teremos mais médicos formando, mais empregos na área da saúde. E, consequentemente, vamos demandar mais recursos para custear todos os avanços que virão com mais médicos trabalhando no país. No conjunto geral, acredito demos um passo importante na consolidação social, do SUS [Sistema Único de Saúde] e da cidadania brasileira”, afirmou.
Mais profissionais
A previsão é de que, no novo formato, o programa terá a abertura de 15 mil novas vagas. Ao todo, serão investidos R$ 712 milhões apenas este ano.
“Até o fim do ano, está prevista a contratação de 28 mil médicos, que vão atender principalmente em áreas de extrema pobreza”, destacou a senadora Teresa Leitão (PT-PE).
Na mesma linha, a senadora Augusta Brito (PT-CE) acrescentou que a meta é garantir atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS, a “mais de 96 milhões de brasileiros”.
O Mais Médicos é uma política pública que envolve estratégias pensadas a curto, médio e longo prazo. As estatísticas demonstram que, nas cidades onde o programa foi implantado, houve mais consultas e menos internações.
De acordo com estudo realizado pela Rede Observatório do Programa Mais Médicos, entre 2013 e 2015, o número de consultas em municípios com médicos do programa aumentou 33%, enquanto o número de internações ficou 4% menor.
Novo formato
O programa se destina a profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros. Os médicos brasileiros formados no Brasil continuam a ter preferência na seleção dos editais de seleção. Já o tempo de participação passa a ser de quatro anos, prorrogável por igual período, e com direito a desconto de 50% na prova de revalidação.
“Mais saúde, mais médicos e mais notícias boas para as famílias brasileiras”, celebrou o líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
Do PT no Senado