A derrama de óleo no litoral do Nordeste segue sendo tratada por Bolsonaro com descaso e insinuações políticas sobre sua origem. Ocorrida há mais de trinta dias, trata-se do maior desastre ambiental da história recente do país. Até o momento, mais de uma centena de praias nordestinas foram atingidas por machas de óleo cru.
No início da semana, Bolsonaro afirmou que o Brasil não tinha nada a ver com a situação. “130 praias do Nordeste atingidas. Regiões em estado de emergência. Um imenso desastre ambiental. E o presidente da República diz que não tem nada a ver com isso”, denunciou o senador Humberto Costa (PT-PE), líder da bancada do partido no Senado Federal.
A postura do governo, no entanto, é que tem provocado desconfiança. “Tem alguma coisa muito estranha no fato deste vazamento ainda estar coberto de mistério depois de tantos dias”, alertou o senador Jean Paul Prates (PT-RN). Para o senador potiguar, a tecnologia de hoje permite, pelo ‘DNA do óleo’, rastrear exatamente o navio, plataforma ou campo de origem em menos de 48 horas. Mas, segundo ele, “até agora, o silêncio total”.
Respostas urgentes
“O pior é que essa mancha surgiu há 30 dias e nem o IBAMA, nem a Marinha, ninguém tomou providência em tempo menor para que a gente pudesse diminuir o dano provocado por esse derramamento de óleo que acomete todo litoral nordestino”, advertiu o vice-líder Rogério Carvalho (PT-SE).
“A gente precisa de respostas e ações para diminuir o dano que este acidente ou que este crime ambiental tem provocado às comunidades de pescadores, às comunidades de maneira geral, quem trabalha com turismo e, principalmente, àquelas reservas ambientais que foram atingidas”, cobrou o senado Rogério Carvalho.
Por PT no Senado com assessorias dos gabinetes dos senadores Jean Paul Prates, Rogério Carvalho e Humberto Costa.