O histórico do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB-CE) demonstra que o orçamento da União e a economia de dinheiro público não estão entre suas principais preocupações. Favorável ao impeachment, o senador com maior renda declarada em 2014, de R$ 389 milhões, traz no currículo histórias de desvios e gasto de dinheiro público para fins pessoais.
Segundo reportagens da imprensa, Jereissati seria cotado para o Ministério de Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) em um eventual governo pós-golpe de Michel Temer (PSDB). O futuro ministro golpista teria uma lista de irregularidades cometidas em sua carreira política.
No escândalo conhecido como a farra aérea, de 2005 a 2009, o então senador gastou R$ 469 mil reais de dinheiro público para fretar aeronaves privadas. Além disso, alguns anos antes, quando Tasso era governador do Ceará, o Banco do Nordeste, coincidentemente presidido por um amigo de Tasso, emprestou R$ 24 milhões à empresa do governador, valor acima do permitido pelo banco e com taxas de juros menores que as praticadas no mercado.
Jereissati também é autor de projeto de lei para flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal e a concessão de dinheiro para Estados e Municípios.
Além disso, seu irmão, o empresário Carlos Jereissati é investigado por ter participado no esquema de desvio de dinheiro durante as privatizações de estatais promovidas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Segundo apurações, o empresário, que arrematou a antiga Telemar, teria feito depositos em off shores ligados ao PSDB em paraísos fiscais.
Antes da votação do impeachment, Jereissati ofereceu um jantar para os senadores tucanos Aécio Neves (MG), Cássio Cunha Lima (PB), José Serra (SP), Antonio Anastasia (MG) e Aloysio Nunes (SP), além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Durante o encontro, eles discutiram “cenários” sobre o afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
Da Redação da Agência PT de Notícias