Com 25% de todas as vendas do Brasil para o exterior, o setor mineral brasileiro fechou o primeiro trimestre deste ano com superávit comercial de US$ 4,2 bilhões – cerca de R$ 13 bilhões, resultante de exportações no valor de US$ 10,7 bilhões no período, aproximadamente R$ 33 bilhões.
Desse total, US$ 4,9 bilhões tiveram origem exclusiva em operações do segmento de mineração, informou, em nota divulgada no Portal Brasil nessa quarta-feira, 22, o Ministério de Minas e Energia (MME).
Os royalties da mineração, mecanismo de compensação que remunera as localidades onde a atividade é exercida, somaram R$ 358 milhões no período de três meses.
Esse resultado revela desaceleração na atividade em relação ao ano anterior (2014), quando a arrecadação foi de R$ 487 milhões. A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), nome oficial dos royalties, foi 27% menor no primeiro trimestre deste ano.
As análises da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME sobre o primeiro trimeste 2015 mostram que as importações da mineração extrativa somaram US$ 1,7 bilhão, ou 6,2% acima do registrado no mesmo período de 2014.
O motivo do crescimento das despesas é o aumento dos preços internacionais em minérios como potássio, fosfato e enxofre, os principais da pauta de importações, e maior volume de comprar de carvão metalúrgico, consumido pela indústria nacional.
O potencial de aumento na produção nacional se traduz pela intensa ampliação de concessões outorgadas pelo MME: entre janeiro e março foram concedidas 162 portarias de lavra (extração mineral) e 2360 alvarás de pesquisa, processo que antecede a descoberta de novas jazidas.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias