Para a presidenta eleita Dilma Rousseff, a antecipação das eleições diretas para escolha do presidente da República é a única saída para a crise. “O Brasil só vai se recuperar desta crise se houver eleições diretas para presidente. Porque só a eleição direta pode repactuar o País”, afirmou, durante entrevista à TV Telesur, da Venezuela.
Na entrevista, que foi ao ar na última sexta-feira (23), Dilma declarou que o usurpador Michel Temer (PMDB) não tem política própria. “Ele apenas respalda a política do PSDB. O grupo político dele está sendo desmantelado com as investigações de corrupção. Seis ministros dele pediram demissão por conta de corrupção. Ele mesmo está sendo investigado”, destacou.
A presidenta lembrou que Temer se queixava de ser um “vice-presidente decorativo” e disparou: “Ele passou de vice-presidente decorativo para presidente decorativo”.
Uma das mais duras críticas de Dilma ao governo golpista foi a respeito das reformas propostas, como a trabalhista e a previdenciária. “Nós estamos assistindo a ampliação da desigualdade, com a adoção de algumas medidas que são extremamente controversas. Por exemplo, hoje estão apresentando um pacote que simplesmente diminui as garantias que ao longo dos últimos 50 anos lutaram os trabalhadores brasileiros”, afirmou Dilma, sobre o projeto de lei enviado por Temer ao Congresso, que flexibiliza as leis trabalhistas.
Porém, para ela, o povo vai resistir a esses ataques. “Penso que existe uma força na sociedade brasileira para lutar contra essas medidas que lhe tiram direitos”.
Questionada sobre a pesquisa Datafolha que aponta liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para as eleições presidenciais de 2018, Dilma disse que o dado é “significativo”. “Mesmo com essa bateria de notícias negativas, tratando o presidente Lula como um inimigo, a população o identifica como o melhor candidato que se pode ter”, ressaltou.
Assista à entrevista:
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Brasil 247