O Ministério da Saúde (MS) enviou às secretarias de saúde dos estados, o medicamento 3 em 1 para tratamento inicial de HIV e Aids. A Pasta investiu R$ 36 milhões na aquisição de 7,3 milhões de comprimidos, suficiente para suprir cerca de 100 mil novos pacientes durante 12 meses.
A combinação em um comprimido dos medicamentos Tenofovir 300 mg, Lamivudina 300 mg e Efavirenz 600 mg, está prevista no Protocolo Clínico de Tratamento como procedimento inicial. O remédio é distribuído desde novembro de 2014 no Amazonas e do Rio Grande do Sul, locais com maiores taxas de incidência do vírus. Aproximadamente 11 mil pacientes recebem a receita.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a dose combinada melhora a adesão do paciente ao tratamento. Como é mais simples de ingerir, ela agride menos o organismo. “É um avanço importante na melhoria do acesso ao tratamento de Aids no País”, afirmou Chioro.
Exemplo – Em nove anos, as políticas implementadas pelo Ministério da Saúde no combate à Aids dobraram o acesso de pacientes aos tratamentos, passando de 165 mil, em 2005, para 400 mil pessoas, em 2014. Dos 22 medicamentos oferecidos pelo SUS, 12 são fabricados no Brasil.
Estudo divulgado em julho de 2014, pela revista The Lancet, aponta que as políticas públicas brasileiras para tratamento de Aids são mais eficientes que a média global. Entre 2000 e 2013, a taxa anual de mortes em decorrência do HIV caiu mundialmente 1,5%. No Brasil, a queda foi de 2,3%.
Chioro explicou que esses números atestam o sucesso da política adotada pelo governo brasileiro, com o aumento de realização de testes e início cada vez mais cedo ao tratamento. Contudo, ele alerta que ainda é necessário incluir uma parcela significativa de pessoas, pois, dos mais de 730 mil soropositivos, 80% foram diagnosticados. “Isso ajuda a romper a cadeia de transmissão, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas que vivem com HIV e Aids”, avaliou.
O último boletim epidemiológico do MS informa que epidemia está estabilizada, com cerca de 20,4 casos para 100 mil habitantes. São identificados anualmente no Brasil 39 mil novos casos de da doença. O boletim informa que há um aumento no número de casos entre os jovens. Em 2004, a taxa de detecção era de 9,6 por 100 mil habitantes e passou para 12,7 por 100 mil habitantes, em 2013.
Da Redação da Agência PT de Notícias