O líder da bancada da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Tadeu Veneri (PT), vê com gravidade as denúncias de recebimento de R$ 2 milhões em propinas pela campanha à reeleição do governador Beto Richa (PSDB), e a materialização de provas contra o tucano.
“A pessoa diz que o destino foi o comitê de campanha do governador e apresenta notas fiscais como prova. Isso é de extrema gravidade”, ressalta o deputado.
Em depoimento ao Ministério Público, o auditor fiscal Luiz Antônio Souza apresentou notas fiscais, de julho de 2014, da compra de divisórias para o comitê eleitoral de reeleição de Richa, feitos com R$ 20 mil arrecadados sob forma de propina para a campanha.
Além disso, auditores fiscais do Paraná investigados em um esquema de corrupção e pagamentos de propinas doaram quase R$ 1 milhão à campanha do governador do estado, Beto Richa (PSDB), e aliados. A denúncia foi publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, no sábado (23).
De acordo com a reportagem, 291 dos 933 auditores do Paraná contribuíram com a campanha eleitoral. Do total, 219 foram promovidos em maio, cinco meses antes das eleições. “A maioria foi elevada ao teto da categoria, com salários de aproximadamente R$ 30 mil”, informa o jornal.
Em março, Fernanda Richa, esposa do governador, foi denunciada pela Promotoria de Justiça e patrimônio Público de Curitiba. Segundo a denúncia, Fernanda pediu contribuição de campanha a auditores, em troca de promoção na carreira, concedidas pelo Executivo. O Diário Oficial do Estado de 5 de maio de 2014 publicou as promoções.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias