O governo golpista de Michel Temer ataca mais uma vez a educação. Desta vez o retrocesso é no orçamento das universidades federais para 2017.
Os recursos destinados às universidades federais previstos na Lei Anual Orçamentária (LOA) de 2017 devem ser cerca de 31% inferiores ao previsto este ano.
A estimativa é que haja uma redução na previsão de investimentos em 45% e de 20% para o custeio, que é a quantia destinada para pagar salários e manutenção do Ensino Superior.
A informação foi divulgada nessa semana no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).
Para a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Angela Paiva Cruz, com os cortes, programas das universidades podem ser prejudicados.
“O impacto vai ser muito negativo, muitas obras serão descontinuadas ou paradas ou não iniciadas e poderemos ter problemas com contas que são ultra-necessárias. Considero, por exemplo, o pagamento das bolsas dos estudantes, que tem prioridade, se não a universidade não funciona”, afirmou Angela Cruz, que também é reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O membro da Comissão do Orçamento da Andifes, reitor da Universidade Federal de Alfenas (MG), Paulo Márcio de Faria e Silva, lamenta a redução na previsão para o orçamento do ensino superior.
“O que preocupa é você trabalhar com o orçamento menor. A gente entende a situação econômica do País, mas se não puder aumentar, deve ao menos continuar com o valor do orçamento que já era mantida pelas universidades”, diz Faria e Silva.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rádio Nacional