Partido dos Trabalhadores

Teresa Leitão: Para criminalizar PT, direita criminalizou a política

Deputada estadual e candidata a prefeita em Olinda (PE), Teresa Leitão (PT-PE) afirma que eleição municipal acontecerá sob o estigma do golpe

Campanha/Divulgação

Deputada estadual do PT-PE, Teresa Leitão

A última vez que o PT disputou uma eleição majoritária em Olinda (PE) foi em 1992. Agora, em 2016, a população poderá novamente apertar o 13 na urna em uma eleição municipal, já que o Partido dos Trabalhadores lançou a deputada estadual Teresa Leitão (PT-PE) como candidata à prefeitura da cidade.

“Em Olinda, quando você diz que é o 13 de Lula, que é o 13 de Dilma, isso flui muito bem”, conta a candidata.

Para ela, essa será uma eleição atípica, pois o País vai viver um processo da democracia representativa pelo voto dentro de um contexto de golpe.

“É muito contraditório a gente viver uma eleição, que é um momento de expressão da democracia, sob o estigma de um golpe. Um golpe que está retirando direito do voto de 54 milhões de pessoas”, constata Teresa.

O golpe, para a deputada, foi uma forma de criminalizar o PT. Mas ela destaca que “o PT é tão forte que para criminalizá-lo, a direita desse País resolveu criminalizar a política”.

“É muito contraditório a gente viver uma eleição, que é um momento de expressão da democracia, sob o estigma de um golpe que está retirando direito do voto de 54 milhões de pessoas”

E garante: O PT não vai desaparecer. “Vamos fazer ressurgir o brilho da nossa estrela”.

“Muitos acham que o PT vai desaparecer. Isso é um ledo engano. O PT teve e tem um papel muito importante nesse campo de esquerda no Brasil. Foi o primeiro partido de esquerda a chegar ao poder nacional no Brasil e o PT chegando, também chegaram os nossos aliados”, destaca.

Foto: Campanha/Divulgação

A candidata, que já foi presidente do PT de Olinda e presidente do PT de Pernambuco, além de líder do PT na Assembleia Legislativa, garante que faz esse diálogo com a população durante suas atividades de campanha.

“O PT é tão forte que para criminalizá-lo, a direita desse País resolveu criminalizar a política”

“Isso tem que ser dito para a população e temos feito isso. Tinha gente que dizia que o PT tava muito desgastado e que era melhor a gente se esconder atrás de um aliado pra não desgastar mais o partido. Nós achamos diferente. Nós temos que enfrentar, dialogar, defender o partido”, ressalta.

Legado dos governos do PT

Os benefícios que os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta eleita Dilma Rousseff trouxeram para Olinda também foram lembrados pela candidata.

Segundo ela, o crescimento do Nordeste e de Pernambuco nos governos Lula e Dilma é indiscutível.

“Em Olinda Lula ainda é a maior liderança na cidade, porque as benfeitorias que foram feitas aqui nos nossos governos no âmbito federal deram a Pernambuco uma outra feição”

Tereza recorda que antes de Lula, Pernambuco era lembrado como o estado da seca, da cana de açúcar.

“Pernambuco hoje produz navios no Porto de Suape, tem fábricas no interior, vários pólos de desenvolvimento econômico, universidade no Sertão. Isso tudo fez com que Pernambuco vivesse realmente um ‘boom’ no cenário econômico. E isso é muito vinculado a Lula e muito lembrado pelo povo. E nós fazemos questão de lembrar durante a campanha”, registra.

Foto: Campanha/Divulgação

Vizinha à capital de Pernambuco, “Olinda é uma cidade pequena, com arrecadação de cidade pequena, mas com problemas de cidade grande”, destaca Teresa.

Porém, Olinda ostenta o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco em 1982. Para a petista, o significado disso vai muito além do título em si.

“Olinda tem baixa arrecadação, mas tem uma capacidade muito grande de captação de recursos externos, pelo que a cidade representa: uma cidade patrimônio da humanidade”, afirma.

Prova disso é que Olinda tem o maior PAC das cidades patrimônio. E para garantir esse legado em que Teresa Leitão lançou sua candidatura à prefeitura da cidade.

“São nove candidaturas em Olinda, a grande maioria do campo conservador, da direita. Por isso, nós podemos ser de fato uma alternativa, para que as pessoas não votem na direita”, enfatiza.

A candidata do PT afirma que quer aplicar um novo modelo de gestão, que passe pela eficiência da governança, que recupere a participação popular, não apenas recriando o Orçamento Participativo, que foi extinto, mas também criando novas formas de participação.

E acredita na parceria com seu colega de partido e candidato à prefeitura do Recife, João Paulo (PT-PE).

“Olinda e Recife são cidades irmãs, vizinhas, e acho que que com João Paulo no Recife e Teresa em Olinda, temos condições de aplicar esse projeto unificado e garantir essa união que existe entre as duas cidades”, completa.

Por Luana Spinillo, do Recife, para a Agência PT de Notícias