A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, defendeu, na terça-feira (20), que não haja cortes no orçamento do programa Bolsa Família para 2016, previsto em R$ 28,8 bilhões.
“Nós estamos à disposição para ir lá mostrar a todos os deputados todas as informações e garantir que esse recurso continue no Orçamento”, afirmou, após participar do programa Cenas do Brasil, da TV NBR.
A ministra disse que os recursos são essenciais para as famílias que recebem. “Acredito que a gente precisa conversar muito porque temos muita convicção de que os recursos do Bolsa Família estão estimados corretamente para o ano que vem”, assegurou.
Na terça-feira (20), o relator da proposta orçamentária, deputado Ricardo Barros (PP-PR), anunciou estar analisando um possível corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família.
Atualmente, o Bolsa Família contribui para a manutenção de 17 milhões de crianças nas escolas e permite o acompanhamento médico a nove milhões de famílias.
“O Brasil tem conseguido, no público do Bolsa Família, detectar, curar e prevenir hanseníase e a tuberculose”, ressaltou. A ministra acrescentou que, ao criar o programa, não se pensou que ele teria impacto sobre essas doenças de difícil tratamento.
De acordo com Tereza Campello, o programa representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Com esse recurso, são atendidas cerca de 14 milhões de famílias. “São 50 milhões de pessoas. Metade tem menos de 18 anos de idade”, detalhou.
Durante o Cenas do Brasil, o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Alan Bojanic, destacou que o Bolsa Família é uma referência mundial.
“Muitos países da África copiaram o modelo brasileiro de transferência de renda, de proteção social, como a Etiópia, Senegal. Muitos países que se interessaram pelo programa vieram para o Brasil e também com a capilaridade da FAO”, informou.
Também durante o programa de TV, a presidenta da Caixa Econômica, Miriam Belchior, declarou que o grande desafio do Bolsa é a comunicação com os beneficiários. Para resolver a questão, o banco criou um aplicativo que permite o envio de mensagens aos beneficiários.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”