As terras indígenas tiveram apenas 1% do total de desmatamento verificado na região amazônica em junho, segundo o Boletim Transparência Florestal da Amazônia Legal. De acordo com o relatório, nas áreas privadas, o desmatamento de junho foi de 59%. O restante foi registrado em unidades de conservação (27%) e assentamentos de reforma agrária (13%).
Entre 2008 e 2012, dados do Projeto Prodes, demonstraram que a taxa de desmatamento em terras indígenas da Amazônia Legal foi decrescente ao longo dos anos, com queda média anual em torno dos 20%. O Prodes é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para monitoramento por satélites do desmatamento na Amazônia Legal e produção de informações governamentais sobre as taxas anuais de desmatamento na região.
Números demonstram que na TI Maraiwatsédé (MT), por exemplo, o desmatamento foi reduzido em 70%, passando de 24,5 km² em 2011 para 7,4 em 2012. Na TI Awá (MA) a redução também foi expressiva, caindo de 15,2 km² em 2011 para 4,4 em 2012. Os resultados são decorrentes das operações de desintrusão do Governo Federal, e ações de fiscalização realizadas pela Funai.
Os dados do Prodes também apontam que 57% da floresta remanescente na Amazônia Legal estão localizados em Terras Indígenas e Unidades de Conservação, e estas áreas apresentaram taxas de desmatamento bem inferiores a outras áreas, sendo que as terras indígenas apresentaram desmatamento médio inferior às Unidades de Uso Sustentável e superior às Unidades de Proteção Integral.
Nos últimos anos, a Fundação Nacional do Índio (Funai) também vem apoiando as ações de fiscalização coordenadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Departamento de Polícia Federal. Em 2013, por exemplo, houve continuidade das operações de retirada de não-indígenas das TIs Apyterewa e Maraiwatsédé, além da capacitação em proteção às terras indígenas.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil