Partido dos Trabalhadores

Todos queremos avanço e não retrocesso, diz Dilma

Presidenta reuniu lideranças da coligação para definir a estratégia para o segundo turno

Presidenta, ao lado de Rui Falcão, fala sobre as diferenças dos governos Lula Dilma e o de FHC que serão debatidos no segundo turno

 

A presidenta Dilma Rousseff reuniu lideranças partidárias da coligação “Com a Força do Povo”, nesta terça-feira (7), para definir as diretrizes da campanha do segundo turno. “Todos recebemos o recado das urnas e das ruas. Temos que manter as conquistas, mas também temos que avançar. Todos aqui querem o avanço, nunca o retrocesso”, discursou Dilma a candidatos que disputam segundo turno, governadores e senadores eleitos.

Em entrevista coletiva, Dilma comentou sobre uma possível oposição entre o projeto dela, para os pobres, e o rival (do PSDB), para os ricos. Na visão dela, a política do governo se sintetiza em uma frase: Incluir pobres no orçamento, e eleva-los a uma situação melhor. Mas eles não foram os únicos beneficiados.

“Fizemos política no Brasil em que todos ganharam, estreitamos a parte de baixo da pirâmide, aumentamos a parte do meio. A classe média foi a que mais cresceu, e também cresceram as classes A e B. Tem mudança significativa na estrutura do Brasil”, constatou.

Encontro – Na abertura da reunião com as lideranças, Dilma avaliou o fato de ter recebido a maior votação no primeiro turno. “Acredito que estamos em uma eleição na qual a maioria dos brasileiros votou querendo manter as conquistas que já atingiram, querendo fazer essas conquistas avançarem, querendo que tudo o que for necessário corrigir, seja corrigido, e reivindicando mais e melhor de todos programas que hoje estão em andamento no país”.

Para ela, vai prevalecer o debate entre dois projetos para o país já colocados em prática: o do PSDB, com Fernando Henrique Cardoso durante oito anos (1995 – 2002), e o do PT e seus aliados, com Lula e Dilma nos últimos 12 anos (2003 – 2014).

“Nós queremos que esta disputa se dê no mais alto nível, de forma programática, sobre propostas, e cotejando também as realizações de cada um de nós”, explicou Dilma.

“Tenho escutado muito que o Bolsa Família nasceu com eles. Não é verdade. Eles falam que o Bolsa Escola era origem. Ele era para 5 milhões de pessoas. O Bolsa Família é para 50 milhões. A escala é tudo, e até as concepções são diferentes”, analisou.

Na reunião, ela listou os resultados dos governos petistas contra os dos tucanos e apresentou as novas propostas, como a rede de clínicas do Mais Especialidades, a construção de Centros de Comando e Controle de segurança em todos os estados e a ampliação de políticas públicas como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida.

“Nós vamos ter novamente uma disputa de projeto e programa. E nós queremos que esta disputa se dê no mais alto nível, de forma programática, sobre propostas, e cotejando também as realizações que cada um de nós – de um lado os 8 anos do PSDB e de outro lado os nossos 12 anos – imprimiu ao país em termos de grandes mudanças. Estamos discutindo programas, projetos e realizações, e, sobretudo, propostas”, explicou Dilma.

A presidenta também listou diferenças entre a política econômica de seu governo, com inflação sob controle e as menores taxas de juro real, e a dos governos tucanos.

Governadores – Estiveram presentes na reunião governadores eleitos como Fernando Pimentel (MG), Wellington Dias (PI) e Rui Costa (BA), além de petistas que disputam o segundo turno como Confúcio Moura (RO) e Delcídio Amaral (MS).

“Sou muito agradecido à Dilma pelo que fez por nos durante seu governo”, afirmou Raimundo Colombo (PSD-SC), integrante da base aliada e governador reeleito em Santa Catarina.

“Estamos otimistas e dispostos a ajudar. Temos que garantir os votos que compreendem a importância de ter Dilma presidenta do Brasil pra mais conquistas e mais integração com os estados”, comentou Wellington Dias, eleito no Piauí.

 

Por Rodrigo Vasconcelos, da Agência PT de Notícias