Trabalhadores da educação capitaneados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e representantes dos movimentos sociais fizeram, na manhã desta quarta-feira (29), um trancaço por educação, democracia e defesa de direitos na sede do Ministério da Educação.
Cerca de 80 pessoas ocuparam o ministério e outras 500 bloquearam a entrada para alertar o povo brasileiro sobre os ataques do governo golpista de Michel Temer à educação, que tem sustentado políticas de arrocho e sucateamento.
Os manifestantes alertam para o desmonte do Fórum Nacional da Educação e denunciam a anulação pelo governo da portaria que nomeava representantes para o Conselho Nacional da Educação. Além disso, também lembram a política salarial dos servidores públicos que está ameaçada com o encerramento da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, que desvincula os gastos obrigatórios do Estado com o ensino.“Estamos aqui para dizer que não aceitaremos nenhum retrocesso na política da educação e que não há margem para negociar o descumprimento das metas do PNE (Plano Nacional de Educação), manipular as políticas inclusivas nas escolas e retirar medidas que permitam à sociedade participar das formulações de políticas educacionais como o conselho”, explicou a secretária de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva.Os trabalhadores na educação denunciam também que a “desvinculação orçamentária na Constituição, as mudanças nas leis do petróleo, até então previstas para financiar as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), também visam priorizar o pagamento da dívida pública por meio da contenção de despesas nas áreas sociais.”
Para a CNTE, os desequilíbrios fiscais poderiam ser combatidos com medidas que não onerassem justamente quem mais precisa das políticas públicas.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Frente Brasil Popular