Mais de 10 mil motoristas e cobradores paralisaram os serviços, nesta quarta-feira (15), no Distrito Federal, contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores no DF (CUT-DF), Rodrigo Brito, centenas de trabalhadores da limpeza urbana impediram que caminhões e o ônibus de transporte dos garis saíssem do pátio de uma empresa responsável pelo serviço.
Além disso, funcionários efetivos e terceirizados que fazem parte do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SintFunb), iniciaram uma paralisação de 24 horas.
O presidente da CUT no DF ainda informou que, na manhã desta quarta, os setores Comercial Sul e de Rádio e TV Sul foram tomados por um ‘arrastão’ de profissionais contra o projeto que está em discussão na Câmara dos Deputados.
Participaram do ato em Brasília hoteleiros, radialistas, jornalistas, vigilantes, bancários, transportadores de valores, entre outros.
Ainda de acordo com Brito, servidores dos Correios devem se manifestar em frente ao Congresso Nacional, na parte da tarde, contra o PL 4330, a cobrança de taxa extra pelo Plano de Seguridade dos Correios (Postalis), a retirada de vigilantes das agências e a favor de mais contratações e concurso público.
Brito revelou que comerciários de um shopping da capital federal foram ameaçados de expulsão pela administração quando faziam uma manifestação, também na manhã desta quarta-feira.
Segundo o representante da CUT, a Subsecretaria de Estado da Ordem Pública e Social do Distrito Federal (SEOPS), órgão do governo do DF, foi chamada pela administração do local para intervir no protesto, mas os servidores do órgão se recusaram a retirar os comerciários.
“Eles disseram que não iam se meter porque o PL 4330 é prejudicial para todos os trabalhadores e arrebenta com eles também”, declarou Brito.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias