O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fecha os olhos para as ilegalidades que pavimentaram a vitória de Jair Bolsonaro. Em parecer disponibilizado neste sábado (24), a área técnica do tribunal recomendou que as contas da campanha do presidente eleito sejam aprovadas.
Embora façam ressalvas, os técnicos do TSE entendem que essas irregularidades não comprometem as contas da campanha. O julgamento deve ocorrer em duas semanas.
O relatório fala de contratos superfaturados, doações proibidas pela legislação (caixa 2), pagamentos sem nota fiscal e repasses indevidos ao PRTB. Foram listadas 23 ‘inconsistências’ no total.
Ficaram de fora os escândalos revelados ainda durante a campanha eleitoral. O maior exemplo é a campanha de disparo em massa de propaganda anti-PT no WhatsApp, cujos contratos chegavam a R$12 milhões. E também as fake news, o ‘voto de cabresto’ imposto por empresários e outdoors cujo o financiamento ainda é um mistério.
As evidências de manipulação se avolumam a cada dia. Mais recentemente, o filho de um dos homens-forte de Bolsonaro contou ter gravado áudios se passando pelo candidato para serem enviados via WhatsApp. O imitador enganou eleitores a pedidos da campanha.
Conforme alerta um artigo do sociólogo Marcos Coimbra, do Vox Populi, esclarecer a que termos se deu a vitória bolsonarista é vital para nossa democracia. “Se preferirmos fazer vista grossa e jogar as evidências para debaixo do tapete, terá sido apenas o primeiro capítulo. De ora em diante, as eleições serão todas disputadas e vencidas com recurso ao lado negro.”
Da Redação Agência PT de Notícias