Os servidores públicos, majoritariamente professores, dos estados do Paraná e de São Paulo não encontram diálogo com os governos locais, comandados por Beto Richa (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), respectivamente.
Os professores de SP tentam recorrer contra uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de quarta-feira (20), que autorizou o governo tucano a cortar o ponto dos trabalhadores em greve. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) convocou uma Assembleia para esta sexta-feira (22), no vão livre do Masp. Além de querer cortar o salário dos servidores, o governo informou ao STJ ser “impossível” atender a demanda de 75,33% de reajuste reivindicado pela categoria.
Os professores reclamam que, além de não terem sido atendidos na solicitação salarial, outras demandas também não foram respondidas pelo governo, como a redução do inchaço das salas de aula.
Paraná – Os servidores grevistas afirmam que terminou sem avanços a última reunião entre o Fórum das Entidades Sindicais (FES), o líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e o procurador-geral Olympio Sotto Maior, na quinta-feira (21).
Depois de mais uma reunião frustrada com o governo, cerca de 85% das escolas do estado continuam com as atividades paralisadas e os profissionais da educação seguem mobilizados pela Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato).
Entre as 11 reivindicações da categoria paranaense está o reajuste de 8,17%, mas o governo oferece apenas 5%. Na terça-feira (19), cerca de três mil professores se concentraram em frente à Secretaria de Fazenda do Estado. Ele afirmam que vão se revezar em uma vigília até que o governo apresente soluções para o impasse.
No mesmo dia da vigília, um grupo formado de vários servidores públicos ocupou as galerias. O líder da oposição na Alep, o deputado Tadeu Veneri (PT), sugeriu o trancamento de pauta até que o governo envie à Casa uma proposta de reajuste salarial para os servidores públicos que recomponha perdas salariais dos últimos 12 anos.
“Que não se vote absolutamente nada aqui até que este projeto seja encaminhado. É sim uma pressão para que o governo reabra negociação e contemple os servidores públicos com uma proposta. E contemplar os servidores não é ameaçar com desconto de dias parados, com punição”, afirmou Veneri.
Para qualquer votação são necessários um mínimo de 28 parlamentares presentes. Veneri acredita na adesão de deputados da base aliada do governo.
“O governador precisa entender que ele não está com esta bola toda. Que ele tem que parar de acirrar os conflitos para não aumentar a rejeição ao seu governo”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias