Na primeira pesquisa, feita pela Fundação Perseu Abramo, 63% das pessoas entrevistadas concordam com um novo sistema de lista fechada que obrigue uma organização igualitária alternando homens e mulheres. Além disso, a representação das mulheres da Câmara dos Deputados foi avaliada como ruim por 54% dos eleitores ouvidos.
Para a secretária Nacional de Mulheres do PT, Laisy Moriére, esses resultados mostram a vontade que vem das ruas para aumentar a participação feminina na política. “Essas mulheres são a maioria da base eleitoral, que estão ativas, fazendo políticas, liderando processos de reivindicação, fazendo movimentos. Essa parcela da população também quer estar nos espaços de poder e de tomada de decisão” explicou.
A pesquisa “Mais Mulheres na Política” realizada pelo Ibope/Instituto Patrícia Galvão, revela que 8 em cada 10 entrevistados consideram que, senda as mulheres hoje mais da metade da população, deveria ser obrigatória a participação das mulheres em metade das vagas nas Câmaras Legislativas Estaduais e no Congresso Nacional.
Um dado preocupante apresentado pela pesquisa Ibope é o de que, levando em consideração o baixo avanço da participação feminina na política em âmbito municipal, levará 150 anos para que as mulheres atinjam a paridade, ou seja, apenas em 2163 as mulheres teriam o mesmo número de representantes que os homens.
Atualmente existem diversos fatores que impedem as mulheres de pleitear cargos e tentar se eleger, um deles é o financiamento privado nas campanhas eleitorais afirma Laisy. “É muito difícil uma mulher conseguir o benefício de um financiamento empresarial, esse financiamento privado é priorizado para os homens e então a disputa não justa. Por isso a defendemos o financiamento público de campanhas, para tornar a disputa mais igualitária entre homens e mulheres” disse.
(Janary Damacena – Portal do PT)