Diante do importante pacote de medidas anticorrupção anunciado na última quarta-feira (18/03) pela presidenta Dilma, chegou a hora de nós, militantes do Partido dos Trabalhadores, nos juntarmos a todas as pessoas de bem deste país em defesa da nossa nação contra aqueles que, no último domingo, manifestaram com ódio e intolerância – conduzidos por uma oposição raivosa que ainda não admitiu a derrota nas eleições do ano passado e incentivados pelo espetáculo midiático – o desejo dar o golpe, destituir o direito de voto e jogar no lixo toda a experiência trágica que vivemos durante a ditadura militar.
Sem nenhum escrúpulo ou respeito, muitos pediram a intervenção militar, usando fardas e empunhando faixas e cartazes regidos pela Canção do Exército. Esse comportamento hostil, além de tudo, vai contra o que dita a nossa Constituição Federal e a Lei de Segurança Nacional.
Nunca se combateu tanto a corrupção no Brasil. Enquanto no governo do PT as pessoas envolvidas em denúncias são investigadas, indiciadas e presas, no governo da oposição mais de 450 denúncias foram arquivadas pelo então senhor Geraldo Brindeiro, que ficou conhecido como o “engavetador-geral da República”. Outros tempos.
É importante lembrar que no governo do presidente Lula foi criada Corregedoria-Geral da União. Foi ele quem deu autonomia e independência para a Polícia Federal e ao Ministério Público, que passou agora a escolher o seu próprio Procurador-Geral, e à Advocacia-Geral da União, que incrementou em suas atividades o ajuizamento de ações de improbidade e de ressarcimento de recursos desviados. E mais, foi o PT quem criou o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação.
E agora estamos dando um passo ainda maior, que começou na última semana com a recém regulamentação da Lei Anticorrupção, assinada pela presidenta Dilma, e com as propostas que serão encaminhadas ao Congresso, onde estão previstas a criminalização da prática de caixa 2 e lavagem de dinheiro; o confisco de bens que sejam fruto ou proveito de atividade criminosa; a alienação antecipada de bens apreendidos; o pedido de urgência para o projeto de Lei que trata do enriquecimento ilícito de funcionários públicos e a extensão da Lei da Ficha Limpa aos cargos de confiança nos três poderes.
O que a oposição quer é desestabilizar o nosso poder de governança e isso não vão conseguir. Querem derrubar a presidenta mas não existe nenhuma representação do Ministério Público contra ela junto ao Congresso ou ao Supremo Tribunal Federal.
Enquanto eles falam da corrupção na Petrobras, que estamos investigando com veemência e que certamente se arrasta por décadas, se esquecem de outros escândalos em que estiveram (e estão) envolvidos, como a Máfia dos Fiscais, Sanguessuga, Sudam, Operação Navalha, Anões do Orçamento, Vampiros da Saúde, Metrô de São Paulo, Aeroporto de Cláudio e agora o escândalo do HSBC, em cuja lista aparecem nomes de políticos, jornalistas, artistas e de empresários da grande mídia, que hoje trabalham de forma parcial em favor das ações da subversão do regimento constitucional, suspeitos de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O que precisamos fazer agora é retomar a postura de militante das nossas bandeiras históricas e lutarmos por uma ampla e nova reforma política, que acabe com a corrupção em todas as esferas governamentais e que coloque fim ao financiamento empresarial de campanha. Precisamos lutar pela reforma tributária com a taxação sobre grandes fortunas e desonerar os trabalhadores que hoje são taxados da mesma maneira.
É hora de unir as nossas forças em apoio à presidenta Dilma e em defesa de todas as nossas políticas públicas sociais conquistadas em nossos governos, dos direitos dos trabalhadores e da soberania nacional.
Ulysses Gomes é 1º secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e secretário de Comunicação do PT-MG