O massacre diário ao qual é submetido na mídia o Partido dos Trabalhadores, suas principais lideranças e demais companheiras e companheiros da esquerda brasileira só piorou no pós-golpe. As poucas famílias há décadas à frente dos maiores grupos de comunicação do País não apenas foram protagonistas da derrubada do governo da presidenta Dilma Rousseff como seguem apoiando a cassação dos direitos dos trabalhadores – operação apenas em fase inicial com a aprovação da PEC 55 e a proposição da Reforma da Previdência.
Esse mosaico de retrocessos impõe desafios para todo o campo progressista, em especial na comunicação. Em meio a este cenário adverso, a Agência PT, braço operacional da Secretaria Nacional de Comunicação do partido, vem conseguindo resultados interessantes e merecedores de destaque.
Primeiro, os números. Por qualquer métrica ou recorte, toda curva é amplamente positiva e crescente, tanto no site do PT Nacional, como em todas as suas redes sociais.
Mensalmente, 400 mil pessoas entram no site do PT nacional e visitam cerca de um milhão de páginas. Um número vitaminado por uma página hoje muito mais rápida e mais fácil de navegar do que há um ano. Não à toa, o volume de acessos por celular cresceu 69% em 2016. E mais: a maior parte do novo público é de mulheres – um reflexo também da atual linha editorial da Agência.
Em 2016 aumentou drasticamente ainda o chamado acesso orgânico da página do PT, ou seja, há mais pessoas vindas para a página a partir de uma busca do Google. Isso significa que o site do PT está se tornando referência para assuntos relacionados ao próprio partido. Isso não acontecia e é vital politicamente – para a busca do Google, apenas a mídia convencional importava quando o assunto era o PT. Essa mudança só surge com muitos meses de trabalho duro e invisível de SEO (Search Engine Optimization) e taggeamento, o que vem sendo feito desde janeiro pela equipe.
Redes Sociais em alta
Se o site vai bem, os maiores resultados estão nas redes sociais. No começo de 2016, até com a intensificação da batalha contra o golpe, mudou a estratégia de redes do partido. E, mês a mês, a página de Facebook e a conta de twitter do PT, já grandes, foram tornando-se enormes, cada vez mais importantes no contraponto à imprensa convencional.
No Facebook, até novembro de 2016, foram mais de 6.500 posts (o triplo de 2015). O aumento, somado a diversas estratégias como a dos posts regionais, voltados para o público de cada estado, trouxe resultados. Na rede de Zuckerberg, chegamos a 1,150 milhão de seguidores, e os posts do PT têm hoje uma média de 50 milhões de visualizações mensais em timelines. Em março, nosso recorde histórico, foram 132 milhões de visualizações.
No Twitter o crescimento foi vertiginoso. Começamos o ano com menos de 300 mil seguidores, e em outubro já tínhamos passado de 600 mil. Tuitamos 5 vezes mais do que em 2015, e nossos tuítes, de acordo com o Twitter Analytics, foram visualizados mais de 100 milhões de vezes até novembro de 2016.
Vale sublinhar ainda a produção audiovisual da Agência, que até o final de novembro produziu mais de 500 vídeos e, apenas no Facebook, acumula em 11 meses uma audiência superior a 57 milhões de visualizações.
Acima dos números, a política
Os números são maiúsculos, mas o maior ganho da Agência em 2016, contudo, foi político. Cada movimento serviu aos propósitos estratégicos do Partido dos Trabalhadores.
Na reformulação do site, por exemplo, a maior parte do tempo e da energia da equipe foi investida na reformulação da área institucional, na organização das informações internas (e da navegação entre elas) e no bom funcionamento do site com as interfaces fechadas de militantes e dirigentes.
Nas eleições, foram destacadas equipes regionais para acompanhar in loco, por dois meses, as eleições de São Paulo, Natal, Fortaleza, Porto Alegre e Recife, produzindo conteúdo diário e atraindo dezenas de milhares de novos usuários locais para o site e as redes do PT Nacional. Foram produzidos ainda, a partir de São Paulo e Brasília, conteúdo para todas as grandes cidades onde estivemos na disputa.
A integração com a Executiva do partido e suas demandas foi total. Produzimos, entre outros, materiais para o Dia Internacional da Mulher, páginas especiais de combate ao golpe, campanhas de arrecadação, cartilhas de defesa do ex-presidente Lula, manuais, materiais de seminários, congressos, campanhas e divulgações diversas e estamos totalmente envolvidos na organização e fomento do VI Congresso partidário.
O comprometimento vai, inclusive, além das fronteiras do partido. Temos compartilhado em nosso site e redes materiais não apenas dos diretórios estaduais do PT e dos mandatos petistas de todo Brasil (com especial atenção diária ao ex-presidente Lula), como também dos parceiros da CUT, do MST e da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, além de artistas, intelectuais e demais personagens do campo progressista, filiados ao PT ou não, que nos ajudem no embate histórico em curso.
A disputa na comunicação é central e permeia todas as demais. E há, na Agência PT e na Secretaria Nacional de Comunicação, o entendimento inequívoco de que a comunicação não só é cada vez mais estratégica para o Partido dos Trabalhadores como está sempre a serviço da política e faz parte da construção de um novo tempo para o PT e para o Brasil.
Por fim, nenhuma ação, movimento ou mudança faria sentido ou teria efeito sem a decisiva participação da militância do campo progressista em geral e do Partido dos Trabalhadores em particular. Foi graças ao esforço de cada militante na rua e nas redes que conseguimos todos os frutos na comunicação em 2016. E, juntos, estamos preparados para as batalhas futuras. Que venha 2017!
Por Alberto Cantalice e Lino Bocchini