Em mundo digitalizado, no qual ideias e informação formam uma imensa e nebulosa rede de comunicação, os modelos tradicionais de mídia enfrentam uma perspectiva real de colapso. Desde a chegada da internet ao Brasil, em meados dos anos 1990, iniciou-se um processo contínuo de democratização informativa aliado a um fenômeno específico que diz respeito, diretamente, à prática do jornalismo: o fim da intermediação exclusiva, por parte dos jornalistas e dos meios de comunicação, entre os fatos do mundo real e o cidadão que nele vive.
Graças ao surgimento dos sites, da blogosfera e das redes sociais, cada ser humano conectado à rede mundial de computadores tornou-se, potencialmente, um veículo de si mesmo. Essa mudança de paradigma não tornou apenas mais fulminante a comunicação interpessoal em todo o planeta. Fez, no alvorecer do século XXI, a sociedade dar um salto evolutivo cujas consequências para o futuro ainda são difíceis de se dimensionar com precisão.
Sabemos apenas que, a partir dessa nova e bem vinda tecnologia, o poder de manipulação da mídia e de seus guardiões contratados sofreu um poderoso revés, para o bem de todos – inclusive para quem dela sobrevive.
Em pouco tempo, foi suspensa a invisibilidade social de milhões de pessoas e grupos humanos organizados decretada pelos oligopólios de mídia. A transparência passou de tabu a dogma, um admirável mundo novo de possibilidades e novas responsabilidades sobre o qual todos – cidadãos, governos, entidades, empresas e partidos políticos – se viram obrigados a se debruçar para não ser engolidos por esses novíssimos tempos.
A ideia de criação do novo portal do Partido dos Trabalhadores, a Agência PT de Notícias, partiu, exatamente, desses novos parâmetros.
Maior e mais importante partido de massas do Brasil, o PT conta hoje com mais de 1,5 milhão de filiados. Ao longo de três mandatos presidenciais – dois de Luiz Inácio Lula da Silva e um de Dilma Rousseff – se mantém à frente das grandes decisões nacionais em uma luta diária que inclui tanto acabar com a miséria nacional como, em um front particularmente difícil, informar aos brasileiros e brasileiras de uma nação continental sobre aquilo que faz, pensa e sonha.
A partir da implantação da Agência PT, será possível ao partido produzir e disseminar informação própria e exclusiva, além de criar um ambiente democrático de discussão de ideias com seus filiados, dirigentes, simpatizantes e eleitores.
Será, ainda, um espaço fundamental para a publicação de informações relevantes ignoradas pela mídia tradicional por razões políticas, mercadológicas ou, simplesmente, ideológicas. Isso inclui desde as muitas ações dos governos e parlamentares petistas até a rotina de luta dos movimentos sociais e da complexa estrutura de trabalho do PT.
Contaremos, ainda, com a colaboração da militância e dos diretórios nacional e regionais do partido para, cada vez mais, estabelecer uma comunicação em rede, horizontal e democrática. Assim como cada cidadão e cidadã do Brasil será convidado, diariamente, a participar desse projeto. A Agência PT é uma obra em progresso. Cada ideia, cada sugestão e cada crítica serão bem vindas.
Leandro Fortes
Coordenador da Agência PT de Notícias