A CUT completa 31 anos hoje. Chegamos à maturidade como a maior e mais combativa central sindical do Brasil. Isso não aconteceu por acaso. Somos fruto de uma política consistente de defesa dos direitos históricos dos trabalhadores e das trabalhadoras, de sindicatos, federações e confederações organizadas, mobilizadas e qualificadas para os embates, a negociação e também ao diálogo. Somos fruto de uma militância ativa e sempre pronta a ocupar as ruas para defender os direitos de toda a classe trabalhadora e também o da sociedade.
Protagonizamos muitas lutas e enfrentamentos que contribuíram decisivamente para mudar os rumos do País e a relação entre o capital e o trabalho. Fomos às ruas lutar pela redemocratização do País, fizemos greves históricas para obrigar os patrões a sentar à mesa e a negociar melhores condições de trabalho e renda e respeito à representação sindical, conquistamos respeito da sociedade e elegemos e reelegemos o primeiro presidente operário da história, Luiz Inácio Lula da Silva. Elegemos a primeira mulher presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e durante doze anos ampliamos mais conquistas da classe trabalhadora.
Hoje, vivemos mais um momento decisivo para a consolidação dos avanços que conquistamos nos últimos 31 anos de existência. Temos consciência de que, além da consolidação dos programas e projetos que construímos e ajudamos a implementar em benefício da classe trabalhadora e da sociedade, é preciso avançar ainda mais para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Esse é o debate que temos de fazer. O que está em jogo este ano é a disputa entre o nosso projeto de desenvolvimento com justiça social e distribuição de renda, emprego e salário descente e o projeto neoliberal, representado pelos conservadores que não estão nem nunca estiveram interessados em manter ou ampliar as conquistas que obtivemos com muita luta.
Como eu sempre ressalto em minhas falas, a CUT tem lado. Nosso lado é o lado dos/as trabalhadores/as. E nessa disputa que é social, vamos defender a continuidade do projeto democrático e popular que hoje governa o Brasil. Defendemos esse projeto porque fizemos parte dele desde o início da sua construção. Apresentamos propostas, negociamos, firmamos compromissos, sempre com autonomia e independência.
É preciso institucionalizar a participação social nos diversos conselhos com representação social como instrumento de participação nas formulações das políticas de estado para a população brasileira que, em sua grande maioria, é de trabalhadores e trabalhadoras.
É preciso que os programas e políticas sociais implantados nesses 12 anos se transformem em políticas de estado para que não fiquem ao sabor dos políticos de plantão. Entre essas políticas, vamos lutar para manter a valorização do salário mínimo e da agricultura familiar, para que possamos continuar o processo de inclusão social iniciado em 2003.
Nesses 31 anos, a CUT se manteve na linha de frente, protagonizando a luta em defesa dos interesses e direitos históricos da classe trabalhadora, a melhoria de vida da sociedade, combatendo a especulação financeira, e a apropriação do Estado por poucos.
É preciso consolidar os direitos e avançar nas conquistas. Vamos defender nosso projeto de Brasil com pleno emprego (decente) e desenvolvimento sustentável com justiça social e distribuição de renda.
Viva os 31 anos da CUT! Viva a classe trabalhadora!
Vagner Freitas é presidente Nacional da CUT