“Se prenderem Lula, que é inocente, sem direito de recorrer a todas as instâncias da Justiça o que será de nós?”, questiona o presidente da CUT, Vagner Freitas, lembrando que as maiores vítimas serão os jovens, a população que vive na periferia das grandes cidades ou oprimida nas favelas, a classe trabalhadora.
Condenado em segunda instância em janeiro, o ex-presidente Lula vem sofrendo uma cruel e implacável perseguição jurídico midiática que resulta em um processo repleto de irregularidades e numa sentença injusta.
No roteiro deste ataque contra Lula e contra a democracia brasileira, o STF deixou de colocar em pauta o pedido de Habeas Corpus impetrado pela Defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma ação penal em que foi condenado a mais de 12 anos de cadeia por supostamente ser dono de um imóvel que nunca foi seu.
É um tipo de exceção que acaba por atingir diretamente os trabalhadores e trabalhadoras, os mais pobres, aqueles mais atingidos também pelos ataques neoliberais que têm se sucedido no país desde o impeachment da presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff.
Para o presidente da CUT, Lula está sendo condenado por tirar 40 milhões de pessoas da linha da miséria, por gerar mais de 21 milhões de empregos, mesmo com a crise econômica de 2008, criar o ProUni, políticas para a agricultura familiar, o Bolsa Família e por construir milhares de casas pro povo. Isso tudo sem nunca pensar em tirar um direito do trabalhador e da trabalhadora.
Por isso, Vagner ressalta que defender Lula é defender a nós mesmos. “Querem fazer com Lula para abrir as portas da injustiça. Se ele não tiver direito de se defender, nós não teremos”.
“Se Lula tiver garantido o direito de ser candidato vai ganhar a eleição para a presidência da República e irá revogar todos os malefícios causados por esses golpistas, resgatando os programas sociais e direitos trabalhistas que Temer está destruindo”, destacou o dirigente.
Freitas conclamou a militância a ir para a rua explicar os fatos e invadir as redes sociais com esclarecimentos sobre o que está ocorrendo na condenação do ex-presidente. “É mentira que estão privilegiando Lula. Estão querendo criar uma exceção para Lula, aliás, já criada para colocar na presidência da República quem não foi legitimamente eleito”.
“Venha para as ruas defender essa ideia de que Lula é igual a todos nós, eu e você, e não podemos ser tratados como cidadãos de segunda classe por parte desse Poder Judiciário que está aí querendo prender pessoas inocentes, sem provar crime algum e ainda por cima sem direito à defesa”, convoca o dirigente.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da CUT