Após as diversas manifestações nas ruas, o governo ilegítimo de Michel Temer recuou e fará mudanças na chamada Reforma da Previdência. A decisão foi anunciada pelo relator do projeto na Câmara, Arthur Maia (PPS), que se reuniu com Temer e dois de seus ministros, Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
As principais alterações estão em cinco pontos: a aposentadoria de trabalhadores rurais; os benefícios de prestação continuada (BPC); as pensões; a aposentadoria de professores e policiais; e as regras de transição para o novo regime previdenciário.
Porém, para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, o recuo em relação a alguns itens da reforma não é suficiente.
“Queremos que ele retire esse projeto de tramitação, tem que derrubar esse projeto. A CUT não vai sentar com o Temer para negociar, tem que retirar”, afirmou o dirigente. “Qualquer reforma, nós só sentamos para discutir quando a democracia for restabelecida no Brasil”, acrescentou.
Para ele, é preciso intensificar a pressão sobre governo e Congresso. “Na realidade, o Temer não mudou de ideia, os deputados federais que, pressionados pela classe trabalhadora, decidiram recuar. Os deputados sabem que não serão eleitos em 2018 se votarem favoravelmente à reforma da Previdência”, disse o presidente da Central.
A CUT vê essa inflexão como efeito das manifestações de 8, 15 e 31 de março. As centrais sindicais preparam uma paralisação nacional para o próximo dia 28, contra os desmontes dos direitos trabalhistas e previdenciários, além da lei da Terceirização, sancionada por Temer há uma semana.
Da Redação da Agência PT de notícias com informação da Rede Brasil Atual e CUT