Desde que assumi meu mandato de deputado estadual, venho fiscalizando o governo e mostrando à sociedade os mais diversos problemas da atual administração. Mantenho minha postura de oposição e a faço de forma propositiva. Aponto o dedo, mas proponho caminhos para mudança.
Não é novidade pra ninguém que este DESgoverno de Pedro Taques tem deixado os mato-grossenses em maus lençóis. A saúde é um caos: faltam vagas nos hospitais, os repasses constantemente são atrasados e os filantrópicos “vivem de pires na mão.”
Em relação à infraestrutura, sabemos que muitas obras estão paradas há quatro anos. Outras ele tenta inaugurar às pressas antes das eleições na tentativa de promover um trabalho que deixa a desejar. Até mesmo a justiça já percebeu a estratégia eleitoreira e mandou retirar dos olhos da sociedade placas publicitárias voltadas a este fim.
E o escândalo dos grampos? Esse então… Está mais que claro que a “grampolândia pantaneira” foi inventada e comandada por Pedro Taques. Depoimentos de policias envolvidos no caso confirmaram à justiça a participação efetiva de “Pedrinho Malvadeza” e sua Trupe no maior escândalo de violação de privacidade já anotado no país. Uma vergonha para Mato Grosso.
Politicamente Taques nem deveria se posicionar. Como vimos nos últimos dias, a chapa que o elegeu senador da República (2010), antes que assumisse o mandato de governador, foi fraudada em sua origem e a ATA registrada no TRE não era a original assinada nas convenções partidárias. Com o erro, José Medeiros que assumiu a vaga no Senado, já que no documento fraudado aparecia como primeiro suplemente, perdeu o mandato depois de mais de sete anos o exercendo. Em toda esta confusão, apenas Taques foi beneficiado já que o pleno seguiu disforme ao voto do relator e cassou apenas Medeiros, deixando Taques “de boa”.
O certo seria cassar toda a chapa e dar posse ao então candidato ao Senado Carlos Abicalil (PT-MT) que ainda em 2010 denunciou toda a falcatrua e em tempo algum foi beneficiado, nem mesmo agora faltando apenas cinco meses para o fim do atual legislatura. Coisas da justiça eleitoral!
E sobre a educação, o que dizer de um governo tão ruim sobre todos os aspectos? Como é de lei, a cada dois meses o Estado deveria repassar às suas escolas recursos para compra de material didático, pequenos reparos, higiene e limpeza e outras questões internas. Contudo, o último repasse feito pelo DESgoverno Taques em 2018, foi de 50% do valor relativo à primeira parcela. Além disso, a complementação financeira aos recursos enviados pela União para a alimentação escolar está atrasada a pelo menos três meses.
Reclamações têm chegado diariamente ao meu gabinete através dos presidentes dos Conselhos Deliberativos da Comunidade Escolar que categoricamente afirmam que as escolas estaduais estão tendo que se virar apenas com as verbas enviadas pelo MEC/FNDE que também estão atrasadas. O governo estadual não está fazendo sua parte e muitas crianças estão sem merenda, o que diretamente atrapalha o desenvolvimento escolar.
Além disso, várias sedes das assessorias pedagógicas espalhadas pela Seduc nos municípios correm o risco de fechar. A informação é de que os repasses para pagamento dos aluguéis dos prédios também estão atrasados. Em alguns casos já há pedido de despejo pelos proprietários dos imóveis. Um verdadeiro desrespeito ao povo mato-grossense que deve ter garantido acesso à educação de qualidade e isso envolve infraestrutura adequada, excelência no ensino, merenda escolar, professores e outros profissionais da educação desfrutando de condições de trabalho e salários dignos para exercerem suas funções.
Como professor, ex-secretário municipal de educação e ex-prefeito de Nova Bandeirantes (MT) sei que do jeito que está não dá para continuar. Conheço de perto a importância da educação para o desenvolvimento de uma sociedade e, por conseguinte, das cidades, estados e nação. Asseguro à toda comunidade escolar que como deputado estadual estou cumprindo minha obrigação parlamentar e cobrando deste DESgoverno responsabilidade com a educação e o retorno imediato dos repasses bimestrais para a merenda, além do pagamento do dinheiro voltados ao aluguel das sedes onde funcionam as Assessorias Pedagógicas, da Seduc, o municípios.
A função de um deputado é fiscalizar o governo e cobrar comprometimento com os serviços públicos de qualidade e eficiência com os gastos públicos. Além, é claro, de propor melhorias e fazer leis. Estou certo de que cumpro estas prerrogativas. Portanto, não vou descansar até que tenhamos uma educação de qualidade para todas e todos nossos alunos.
Por Valdir Barranco, deputado estadual e presidente do PT-MT.