O governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou que aumentar o salário mínimo não causaria nenhuma crise. Pelo contrário, possibilitou melhores condições de vida para todos os trabalhadores, foi fundamental no combate à pobreza e aquecimento do mercado, desde os municípios, aumentando, consequentemente, a arrecadação pública.
Da mesma forma, a decisão do governo da presidenta Dilma Rousseff de manter a sistemática de reajuste do salário mínimo até 2019 mostra que, em um momento no qual se corre risco de crise econômica, a melhor forma de enfrentar não é colocar em risco os direitos dos trabalhadores. Como diz um antigo provérbio: “A melhor defesa é o ataque”.
Tão importante é o fato de que tal política de valorização foi criada e tem sua continuidade em uma parceria do governo com o movimento sindical, reforçando a concepção de estado democrático.
Este deve ser um exemplo a ser seguido para as demais políticas públicas, sociais e econômicas. É também um bom exemplo de como não podemos voltar ao passado, quando as crises eram pagas com o suor da população.
Veja a trajetória do salário mínimo nos governos do PT:
Em 2005: de R$ 260,00 para R$ 300,00;
Em 2006: para R$ 350,00;
Em 2007: para R$ 380,00;
Em 2008: para R$ 415,00;
Em 2009: para R$ 465,00;
Em 2010: para R$ 510,00;
Em 2011: para R$ 545,00;
Em 2012: para R$ 622,00;
Em 2013: para R$ 678,00;
Em 2014: para R$ 724,00;
Em 2015: para R$ 788,00.
Isso mostra um aumento real de 166%.
Angelo D’Agostini é Secretário Sindical Nacional do PT