A vereadora Juliana Cardoso (PT-SP) quer que a rede municipal de saúde de São Paulo ofereça a opção de parto domiciliar para as mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O parto domiciliar deverá ser oferecido para mulheres com gravidez de baixo risco.
No projeto apresentado na semana passada à Câmara Municipal de São Paulo a petista argumenta que as mulheres que optam por realizar o parto em casa precisam contratar uma equipe particular.
“A inclusão do parto domiciliar no SUS irá ampliar as possibilidades de escolha das mulheres pelo local do parto, e possibilitará que essa escolha seja garantida como direito para todas as mulheres, independente da classe socioeconômica”, justificou a vereadora, em entrevista ao “Blog Mães de Peito“, do UOL.
Com a abertura de concurso público no início do mê para contratar 20 obstetrizes, a vereadora entende que os partos em casa devam ser acompanhados dessas profissionais ou enfermeiras obstetras.
O prefeito Fernando Haddad (PT) também firmou em novembro uma parceria com a casa de parto Casa Angela, na zona sul de SP, para que os partos no local sejam atendidos também pelo SUS.
Pela atual gestão estar sinalizado que tem interesse na humanização dos nascimentos, a vereadora acredita que se aprovado na Câmara há grande possibilidade do prefeito sancionar a lei. O projeto vai passar pelas comissões para então ser votado em plenário, o que deve ocorrer somente no próximo ano.
A ideia, segundo a petista, é que com a PL 717/2015 a mulher faça o pré-natal na rede pública e, a partir da 35ª semana, seja acompanhada pela equipe de parto domiciliar que irá atendê-la. Caso precise de uma remoção para um hospital, no caso de necessitar de uma analgesia ou de uma cesárea, a mulher será atendida em uma unidade de saúde próxima por médicos plantonistas.
Em Minas Gerais as mulheres que são atendidas pelo Hospital Sofia Feldman, do SUS, podem optar se querem ter seus bebês em casa ou na unidade de saúde. O atendimento domiciliar pelo SUS é pioneiro no local e acontece desde dezembro de 2013.
Da Redação da Agência PT de Notícias