Parlamentares petistas encaminharam ao Ministério Público de Minas Gerais notícia crime relatando as denúncias feitas pelo mandato do deputado federal Leonardo Monteiro durante o ato promovido pelas Frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo que defendia a abertura do Hospital Regional de Governador Valadares.
“Ao entrarmos no prédio do Hospital encontramos um cenário de depredação do patrimônio público e também constatamos o furto de diversos equipamentos que já haviam sido instalados para o funcionamento do hospital”, conta o deputado.
Um mês antes, outro ato já tinha sido feito pelas mulheres do MST, do PT, Movimento das Mulheres Camponesas, das Frentes, coletivos da cidade e o mandato da vereadora Gilsa Santos, durante a Jornada de luta pela vida das mulheres, no 8M deste ano.
“Houve uma série de ações para dar visibilidade ao abandono da obra do Hospital Regional, uma delas foi no 8M com a Jornada de luta pela vida das mulheres, em que levamos cartazes e faixas para a BR 116 nas imediações da obra”, relata a vereadora.
O hospital, que está com as obras interrompidas, seria essencial no combate à pandemia, salvando vidas e oferecendo mais vagas de emprego na região.
“O Hospital Regional é importante para toda a região leste de Minas, com capacidade aproximada de 200 leitos que fariam toda diferença nesse período pandêmico, em que a cidade de Governador Valadares, que recebe toda demanda da região, está em estado de calamidade, há mais de um mês com os leitos de UTI SUS com 100% de ocupação, os leitos do setor privado que já se encontravam há 3 meses totalmente ocupados, filas de espera, 3 óbitos nessa fila e dois hospitais soltaram notas que não farão atendimento por pelo menos 10 dias, sem contar a baixa quantidade de medicamentos para sedação de pacientes entubados”, relata Gilsa.
Segunda a vereadora Gilsa Santos, a ação da notícia crime é para mirar os holofotes para o descaso com os recursos públicos e solicitar do Ministério Público investigação do abandono de um bem público que faltava pouco para a conclusão, abandono este, que favoreceu também a depredação, cuja responsabilidade de proteção é do Estado.
“Como diz a canção do companheiro Zé Pinto “A ordem é ninguém passar fome. Progresso é o povo feliz […]” em toda essa pandemia esse tem sido um mantra constante para que não deixemos que ninguém se esqueça que a vida deve estar em primeiro lugar, que negligências administrativas podem colocar tudo a perder”, afirma ela.
Nádia Garcia, Agência Todas.